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"Cada m² que é inaugurado é uma vitória”, diz Lula sobre duplicação do o à água em Salgueiro

Cerimônia reuniu autoridades e marca avanço da integração do Rio São Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (28) da cerimônia de duplicação da Estação de Bombeamento EBI-3, localizada no Ramal do Salgado, na cidade de Salgueiro, no Sertão do estado - um dos principais trechos do projeto de integração do Rio São Francisco. 

O evento, que marcou mais um o importante para o reforço do abastecimento hídrico no Nordeste, teve a da ordem de serviço para duplicar a capacidade de três estações de bombeamento de água no estado de Pernambuco. 

Com a duplicação, a capacidade de escoamento de água vai aumentar de quase 25m³ por segundo para 49 m³ por segundo. Serão beneficiados 237 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, atingindo cerca de 8 milhões de pessoas. Essa encerra a primeira etapa do Caminho das Águas, uma iniciativa do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional de percorrer a trilha do projeto de integração do Rio São Francisco nos quatro estados.

Evento
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância do projeto para o desenvolvimento do Nordeste e a necessidade de garantir que a água chegue efetivamente às casas das pessoas.

Em discurso emocionado, Lula relembrou que sua intenção era inaugurar a obra ainda no governo da presidenta Dilma Rousseff, mas reconheceu as dificuldades financeiras enfrentadas na época. “É que nem sempre a gente tem todo o dinheiro que a gente precisa”, afirmou.

Para Lula, a distribuição da água deve priorizar os pequenos agricultores, que não têm condições de investir em infraestrutura para irrigação.

“O grande produtor tem dinheiro para comprar trator, motor, bomba. O pobre não tem”, disse, ao destacar a necessidade de parcerias entre os governos federal, estadual e municipal para ampliar o o à água tratada.

Segundo o presidente, a transposição tem um papel estratégico para transformar a realidade de regiões historicamente castigadas pela seca. “Essa obra é a redenção de um povo. A cidade que nunca teve água vai produzir tanta comida quanto Petrolina e Juazeiro, no Rio São Francisco”, afirmou.

“A cada metro de canal que for feito, pode me convidar que eu venho. A mesma alegria que senti lá, sinto agora. E sentirei quando a gente inaugurar o fim da transposição”, garantiu o presidente.

Para o petista, o verdadeiro encerramento da obra não será apenas concluir os canais, mas garantir que a água chegue “tratada e com qualidade” às residências. “É isso que importa. Não é terminar a obra, é fazer a água chegar na casa das pessoas”, pontuou.

Críticas
Em crítica indireta a gestões anteriores, Lula afirmou que o país já foi governado por pessoas que não priorizavam os mais pobres. “Para cuidar da parte mais pobre do Brasil, você não governa só com a cabeça. Ou você tem coração, ou você tem sentimento, ou você não governa”, disse.

Ao final, Lula reafirmou seu compromisso com o projeto e com a permanência das pessoas em sua terra natal.

“Essa obra vai garantir que, daqui a alguns anos, o povo daqui só vá para São Paulo a turismo. Não vá mais para procurar emprego ou para morar. É por isso que eu resolvi fazer essa obra. E a cada metro quadrado que é inaugurado, é uma vitória”, concluiu.

Autoridades
Estiveram presentes a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra; prefeito de Salgueiro, Fabinho Lisandro; o prefeito do Recife, João Campos; e o governador do Ceará, Elmano de Freitas. Também participaram representantes do governo federal, como o presidente do Banco do Nordeste (BNB), Paulo Câmara; o diretor do BNDES, José Luis Gordon; o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valdez Góes; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho; o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro; e o presidente da Sudene, Danilo Cabral.

Do Congresso Nacional, marcaram presença os deputados federais Pedro Campos, Carlos Veras e Túlio Gadêlha, além da senadora Teresa Leitão. Também esteve presente Evilázio Wanderley, dirigente da Conavace (Conselho Nacional de Vereadores Cristãos Evangélicos), com atuação na articulação política.

 

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