Logo Folha de Pernambuco
Blog da Folha

João Campos elogia Eduardo da Fonte e comenta federação entre União e PP

Prefeito do Recife diz que cenário é indefinido e que federações ainda são novidade para os partidos

O prefeito do Recife, João Campos (PSB), considera indefinido o futuro apoio da Federação entre União Brasil e Progressistas (PP), para as eleições de 2026. Segundo João, o modelo de federação ainda é uma novidade no cenário político brasileiro, o que demanda tempo de adaptação por parte das siglas envolvidas.

"A dinâmica das federações são muito novas, todo mundo ainda está aprendendo a lidar, como é que funciona. Na prática, é uma coligação no Brasil inteiro, com todos os municípios, para todas as eleições enquanto ela estiver vigente. Vai ter uma dinâmica grande de funcionamento na Câmara e no Senado. Lá em 26, a decisão espero que seja a melhor possível", afirmou o prefeito.

João Campos disse esperar que o União Brasil, atualmente aliado de sua gestão no Recife, possa ter o comando da federação em Pernambuco, mas reconheceu que a decisão cabe aos partidos. "Nutro uma expectativa que eles (União Brasil) possam ter o comando da federação, mas como vai ser essa decisão cabe à Federação, não a mim. Acredito que é muito cedo, até porque o regimento não está aprovado. Houve a decisão dos dois partidos em fazer a Federação, mas o conjunto de regras que disciplina isso ainda não foi construído", explicou.

Sobre o presidente estadual do PP, deputado federal Eduardo da Fonte, que é aliado da governadora Raquel Lyra (PSD) e adversário político de João Campos, o prefeito adotou tom conciliador. “Embora a gente não tenha, hoje, uma relação de aliança, acho que Eduardo é uma pessoa de muitas virtudes, de respeito à política, de trabalho, de dedicação. Não é porque ele não me apoia que eu não reconheço virtudes nele. Você olha a capacidade que ele tem de mobilização, de formar bancada, de ter prefeitos, de formar grupos políticos, isso é algo importante e tem que ser respeitado”, afirmou.

Federação

O União Brasil, presidido em Pernambuco por Miguel Coelho, integra atualmente a base de João Campos. Já o PP, comandado por Eduardo da Fonte, compõe o grupo da governadora Raquel Lyra. Com a federação concretizada, há possibilidade de mudança nas alianças estaduais.

De acordo com os critérios nacionais de divisão da federação, o PP comanda o bloco em Pernambuco, por ter maior representatividade no estado. Isso poderia significar a saída do União Brasil da base de João Campos, com possível apoio à reeleição de Raquel Lyra. No entanto, Miguel Coelho já reforçou o apoio a João Campos, deixando o cenário indefinido.

Além disso, tanto Miguel Coelho quanto Eduardo da Fonte são cotados para disputar uma das vagas ao Senado em 2026, o que exige um alinhamento entre os dois líderes dentro da mesma federação.

Newsletter