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”O ministério não está vago”, diz Wolney Queiroz sobre possibilidade de assumir Previdência

Secretário-executivo nega possibilidade de saída de Carlos Lupi e cita medidas de gestão no INSS

O secretário-executivo do Ministério da Previdência Social, Wolney Queiroz (PDT), afirmou nesta quarta-feira (30) que não há qualquer indicação de saída de Carlos Lupi (PDT) do comando da pasta. Diante da pressão política gerada após a revelação de fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o auxiliar de Lupi rejeitou a hipótese de vacância no ministério e defendeu a condução atual.

"O ministério não está vago, nem creio que vá ficar. Numa auditoria gigantesca, não há uma palavra contra o ministro Lupi. Estamos mergulhados em algumas tarefas. Manter o esforço para melhorar o atendimento dos beneficiários; levantar os dados que demonstrem as ações objetivas da gestão nesses dois anos e pouco para tornar o INSS mais transparente; ajudar o INSS nesse momento de transição", disse Wolney.

Perfil
Com trajetória de seis mandatos como deputado federal, Wolney Queiroz é filiado ao PDT há três décadas e ocupa o cargo de número dois na hierarquia do ministério desde o início da atual gestão. Ele tem sido apontado como possível alternativa interna para comandar a pasta em caso de substituição de Lupi, mas rechaça a hipótese de mudança na liderança.

De acordo com informações de bastidores, a manutenção do PDT à frente da Previdência Social é considerada prioritária no governo, que tenta preservar a aliança com o partido sem agravar a crise política provocada pelas investigações. A Polícia Federal apura a participação de associações e entidades privadas em um esquema que desviou mais de R$ 6,3 bilhões por meio de cobranças não autorizadas a aposentados e pensionistas. Até o momento, não há menção direta ao ministro Carlos Lupi nas investigações em curso.

INSS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira que seu governo desmontou a operação irregular de descontos não autorizados aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. A declaração foi feita após a deflagração da operação Sem Desconto, que apura um esquema responsável por desviar até R$ 6,3 bilhões do instituto.

“Na última semana, o nosso governo, por meio da Controladoria Geral da União e da Polícia Federal, desmontou um esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019. Determinei à Advocacia Geral da União que as associações que praticaram cobranças ilegais sejam processadas e obrigadas a ressarcir as pessoas que foram lesadas”, declarou o presidente.

Foi a primeira vez que Lula se manifestou publicamente sobre o tema. No mesmo dia, ele oficializou a substituição na presidência do INSS, nomeando o procurador federal Gilberto Waller Júnior para o cargo. A nomeação ocorre após a exoneração de Alessandro Stefanutto, que estava entre os seis servidores afastados durante a operação.

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