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Raquel Lyra reforça apelo para liberar pauta da Assembleia e Álvaro Porto rebate

Governadora voltou a cobrar o destravamento da pauta de votações na Assembleia Legislativa

Em um dia repleto de anúncios de investimentos, a governadora Raquel Lyra (PSD) aproveitou as agendas istrativas para dar uma série de recados e renovar seu apelo pelo destravamento da pauta de votações na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Durante o dia, a gestora teve uma agenda cheia, com a de ordens de serviço para a reforma de mercados públicos e feiras de Jaboatão dos Guararapes, o lançamento do Cartão Verde Pernambuco e liberou o ree do Programa Investe Escola.

Entre os compromissos istrativos, membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe) cobraram a aprovação do Projeto de Lei Complementar nº 2968/202, que estabelece reajuste e progressão de carreira para a categoria. Eles fizeram apelos na Assembleia Legislativa e seguiram para o Palácio do Campo das Princesas, onde foram recebidos pela governadora. 

Em reunião com sindicalistas e representantes dos profissionais da educação, a governadora se colocou à disposição para garantir que o reajuste assegurado na mesa de negociação seja pago na próxima folha salarial, no mês de junho.

Para que o Executivo possa sancionar o reajuste, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 2968/2025, enviado à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) no último dia 28/05, precisa ser votado e aprovado pelo plenário da Casa. A governadora já garantiu que não medirá esforços para que os valores atualizados sejam incorporados na folha de pagamento referente a junho, e aproveitou para antecipar que o salário dos servidores públicos estaduais será pago no dia 20/06, para que todos possam aproveitar as festividades juninas. 

"A folha salarial vai ser paga dia 20, e nós estamos prontos para rodar uma folha extra caso a votação do projeto pelo Legislativo não seja feita até essa data. Vamos deixar tudo pronto para que em até 48 horas após a votação façamos a liberação dos recursos”, garantiu.

Lamento

A governadora também lamentou o travamento de pauta com a Alepe, afirmando que a situação é um jogo de "perde-perde". “Todos os projetos de lei que enviei à Alepe foram aprovados, com folga. Ontem, liguei para Álvaro Porto e disse que chegamos a um momento que não está bom para ninguém, é um jogo de perde-perde. E perde, sobretudo, quem espera pelas ações”, afirmou a governadora.

Raquel se comprometeu a manter o diálogo, mas criticou a postura da oposição. “Nunca vi oposição votar contra empréstimo nem contra indicação. Pode perguntar à Ilha de Fernando de Noronha se tem alguém satisfeito com a gente não ter um ”, disse. Durante a reunião, deputados e secretários reforçaram as cobranças pela liberação da pauta.

Cobrança
Ao ordens de serviço para a reforma de mercados públicos e feiras de Jaboatão dos Guararapes, a governadora  não se furtou de deixar um recado para os opositores na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

“Mudança não se faz com discurso. Tem que ter união e time comprometido. Olhar para a frente ainda que tenham muitos que queiram ver as coisas ruins como estavam. Nada vai desviar do nosso propósito de fazer Pernambuco tão grande quanto seu povo”, enfatizou.

Resposta

Em contrapartida, o presidente da Casa, Álvaro Porto (PSDB), divulgou nota em que diz que a votação de projetos, como o reajuste dos professores, depende da presença dos deputados da base aliada da gestão. Nas últimas sessões legislativas, deputados governistas faltaram a votações e não houve quórum para a apreciação de propostas. 

No texto, Álvaro Porto defende a importância do projeto de reajuste salarial dos professores e diz que a pauta foi tratada com prioridade pela Casa.

“A votação ainda não ocorreu devido ao esvaziamento de três sessões consecutivas, provocado por orientação do Governo do Estado aos deputados da base governista”, afirmou.

“Neste momento, a continuidade do processo depende exclusivamente do Executivo. Cabe agora à senhora governadora determinar que os parlamentares de sua base compareçam ao plenário para garantir a votação e aprovação da proposta”, afirmou.

Em contrapartida, aliados do Palácio do Campo das Princesas criticam a construção da pauta pelo Legislativo. “O regimento da Assembleia diz que os projetos devem ser votados dentro de um prazo específico, o que não está sendo respeitado”, disse o secretário da Casa Civil, Túlio Vilaça.

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