Votação da indicação do presidente da Adagro é adiada por falta de quórum na Alepe
Bancada governista não compareceu à sessão plenária desta quarta-feira (21)
A votação do nome de Moshe Dayan, indicado do governo estadual para presidir a Agência Estadual de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), não foi realizada na reunião plenária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (21). A falta do quórum mínimo de 25 deputados no plenário da Casa impediu a apreciação da indicação.
Com o nome apresentado pela governadora Raquel Lyra (PSD) há menos de 10 dias, o veterinário foi sabatinado ainda pela manhã, na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) do Legislativo Estadual.
Moshe recebeu votos favoráveis de todos os membros da Comissão, o que permitia que a Alepe avaliasse em plenário a indicação.
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Com a pauta travada, a Alepe está em meio a uma disputa de forças com o executivo estadual, após o projeto de empréstimo de R$ 1,5 bilhão, enviado pela governadora em regime de urgência, não avançar dentro do prazo de 45 dias, como exige a Constituição Estadual.
Uma outra indicação, do -geral de Fernando de Noronha, aguarda a realização da sabatina. Virgílio Oliveira foi designado pela gestão estadual em 28 de março.
O prazo estabelecido no regimento interno para a marcação da sabatina após a indicação do governo é de 15 dias.
Alegando preocupação com a confirmação de casos da gripe aviária no Brasil, os parlamentares estaduais se sensibilizaram para pautar e avaliar com agilidade o nome de Moshe.
Utilizando uma brecha do regimento, o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), chegou a convocar uma sessão extraordinária para após a reunião plenária, com objetivo de viabilizar a votação.
Ao final da reunião plenária ordinária, apenas 19 deputados registraram presença no plenário da casa de Joaquim Nabuco, em maioria de oposição e da bancada independente.
O governo não se manifestou oficialmente sobre a ausência da bancada da situação, mas os deputados de oposição e da bancada independente se apressaram em avaliar o movimento político como um erro de articulação, considerando que a oposição estava convencida de aprovar o nome de Moshe.
“O governo não quis dar essa vitória à Assembleia”, disse Alberto Feitosa (PL), presidente da CCLJ.
Ao fim do dia, o vice-presidente da Alepe, Rodrigo Farias (PSB), que presidiu a sessão, lançou uma nota à imprensa informando que entrou em contato com a líder do governo, deputada Socorro Pimentel (UB), mas não obteve sucesso. Ele espera o governo sinalizar se poderá pautar a indicação na manhã desta quinta-feira (22).
"A Alepe fez a sua parte e, de forma ágil, aprovou e sabatinou o indicado do governo na Comissão de Constituição e Justiça nesta quarta. Mas o governo não reuniu os parlamentares necessários para que a indicação fosse votada e aprovada no plenário, como manda o regimento, mesmo com todo esforço da Casa em garantir que os produtores pernambucanos não sejam penalizado em função da gripe aviária. ei a tarde e a noite tentando ar a líder do governo na Alepe, liguei, mandei mensagem, mas até agora não tive resposta. Seguimos aguardando um posicionamento do governo, se eles conseguirão juntar deputados para votar amanhã pela manhã”, comentou Rodrigo Farias.