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Concursos e Empregos

Como identificar e denunciar golpes de concursos públicos

Casos da Petrobras, CNU, INSS e BB mostram que sites falsos continuam enganando candidatos

Com a alta procura por concursos públicos, golpes virtuais que simulam editais e inscrições continuam fazendo vítimas em todo o país. As fraudes seguem um padrão: sites falsos, uso indevido de marcas oficiais e promessas exageradas de vagas e salários.

Os casos mais recentes envolvem a Petrobras, o Concurso Nacional Unificado (CNU), o INSS e o Banco do Brasil.

Além de prejuízo financeiro, os golpes também expõem os dados pessoais dos candidatos. Para evitar esse tipo de crime, é fundamental saber identificar fraudes e conhecer os canais corretos para denúncia.

Casos recentes 

Um falso edital da Petrobras circulou nas redes sociais prometendo 6 mil vagas com salários de até R$ 12 mil. O golpe usava um vídeo manipulado do Jornal Nacional e uma página que imitava o portal G1. Na página falsa, era cobrada uma taxa de R$ 87,29 para inscrição, que seria direcionada a contas dos golpistas.

Outro caso recente envolve o Concurso Nacional Unificado (CNU). O Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) alertou que sites estão divulgando informações falsas sobre a segunda edição do CNU 2025.

As páginas afirmam que as inscrições já estão abertas, mas o governo federal garantiu que ainda não há cronograma definido. O MGI acionou o Centro Integrado de Segurança Cibernética para retirada dos conteúdos do ar.

No caso do INSS, circula na internet um anúncio falso sobre um edital com inscrições abertas para 2025. Até o momento, o Instituto não publicou nenhum documento oficial.

Já o Banco do Brasil desmentiu a existência de qualquer concurso em andamento. A fraude envolvia um site que simulava a página da instituição e cobrava pagamento via Pix ou boleto para supostas inscrições e aquisição de materiais de estudo.

Como identificar 

É possível reconhecer sinais de fraude com atenção a alguns detalhes. Veja os principais pontos:

Verifique o site oficial: confira se a página está dentro do domínio oficial da instituição (como .gov.br ou o site da banca organizadora).

Cuidado com promessas exageradas: desconfie de editais com milhares de vagas, salários elevados demais e inscrições com prazos curtos.

Erros de português: gramática e ortografia mal aplicadas são comuns em sites falsos.

Falta de banca organizadora: editais sérios sempre informam qual banca aplicará a prova.

Pagamentos suspeitos: cobranças por Pix, contas de pessoas físicas ou boletos sem identificação clara indicam golpe.

Como denunciar 

Quem identificar tentativas de fraude pode denunciar de forma segura por meio da plataforma oficial Fala.BR, gerida pela Controladoria-Geral da União (CGU). Para isso:

e o site e clique em “Denúncia”; preencha o formulário com as informações do golpe; envie a manifestação para que os órgãos competentes investiguem o caso.

Também é possível registrar ocorrência nas delegacias de crimes cibernéticos ou acionar a Polícia Federal, especialmente nos casos de grande repercussão.

Crime 

Segundo o Código Penal, criar páginas falsas e aplicar golpes eletrônicos com o objetivo de obter dados ou pagamentos é crime. A pena varia de 4 a 8 anos de prisão, além de multa. Se a vítima for idosa ou considerada vulnerável, a pena pode aumentar em até um terço.

A melhor forma de combater golpes é com informação. Sempre confira os canais oficiais antes de compartilhar notícias ou se inscrever em concursos. E, em caso de dúvida, consulte portais confiáveis ou busque orientação com especialistas na área.

            

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