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Concursos e Empregos

Concursos Públicos: atualidades ganham espaço no CNU e exigem preparo diário, diz especialista

César Albino explicou como o tema impactou várias áreas da prova e deu dicas de estudo

Previsto para acontecer no segundo semestre, em outubro, o Concurso Nacional Unificado (CNU) ou a cobrar diretamente a disciplina de Atualidades em sua primeira fase, com questões objetivas.

A redação também exigiu conhecimento de contextos sociais contemporâneos, e algumas áreas da prova específica, aplicadas no turno da tarde, reforçaram a importância de acompanhar os grandes debates do país.

"Não há dúvida de que Atualidades foi uma disciplina essencial para quem quis se destacar no CNU, tanto por seu peso na nota quanto pela forma como conectou teoria à realidade do serviço público", afirmou César Albino, especialista em concursos e gestor de cursinho preparatório.

Embora não seja possível prever com precisão os temas da próxima prova, César Albino destacou assuntos que devem seguir em evidência. Ele citou os impactos das enchentes em Porto Alegre, que reacenderam discussões sobre mudanças climáticas, infraestrutura urbana e atuação do poder público.

Também apontou os efeitos da inteligência artificial na economia, no trabalho e na educação, além do avanço dos carros elétricos no país.

“Desigualdade, o a direitos e políticas voltadas às populações vulneráveis seguiram em pauta e foram bastante compatíveis com a proposta do CNU”, completou o especialista. No cenário internacional, ele destacou a guerra comercial entre Estados Unidos e China, cujos desdobramentos podem afetar o Brasil.

Rotina 
Segundo Albino, o estudo de Atualidades não precisa ser exaustivo nem tomar muitas horas por dia. “Algo em torno de 15 a 20 minutos já foi suficiente, desde que o tempo fosse bem aproveitado”, disse.

Ele recomendou o uso criterioso das redes sociais e sugeriu que o candidato selecionasse bem os canais que acompanha. “Podcasts com visão crítica, perfis que discutem temas sociais e comunidades de estudo foram boas opções”, explicou.

Também indicou que o conteúdo fosse integrado às revisões das disciplinas teóricas. “Ao associar atualidades a temas de políticas públicas, por exemplo, o candidato fortalecia a memorização e melhorava o desempenho em questões interdisciplinares.”

Redação 
Para ele, a familiaridade com os temas atuais fez diferença na produção textual. “O que realmente diferenciou um bom desempenho foi o repertório”, ressaltou. 

“Esse repertório não se constrói da noite para o dia, mas sim com leitura constante e um olhar analítico”, acrescentou. 

Segundo Albino, estar bem informado contribuiu para a construção de argumentos sólidos e para a melhor compreensão de textos mais complexos. “Quem domina temas da atualidade interpreta melhor e evita respostas superficiais na redação.”

Fontes
Diante do excesso de informação disponível, Albino alertou para a importância da curadoria de conteúdo. “Mais do que indicar nomes, o fundamental foi que o candidato aprendesse a identificar fontes confiáveis por conta própria”, declarou.

Ele orientou que os estudantes optassem por portais que citassem fontes, evitassem o sensacionalismo e apresentassem os fatos de forma equilibrada. “A qualidade do conteúdo consumido refletiu diretamente no desempenho na prova”, disse.

Eixos 
Ainda segundo o especialista, Atualidades não deveria ser tratada de forma isolada, já que os eixos temáticos do edital — como políticas públicas, meio ambiente e desenvolvimento social — estiveram diretamente conectados ao noticiário cotidiano.

“Um exemplo simples: ao acompanhar as notícias sobre as enchentes no Sul, o candidato estudava gestão ambiental, infraestrutura urbana e impacto social”, explicou.

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