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Carlos Britto

Oposição barrada no Vassoural

Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a bancada de oposição da Câmara de Vereadores foi impedida de fiscalizar as obras da UPA do Vassoural. Os vereadores Fagner Fernandes (PDT), Perpétua Dantas (PSDB) e Felipe José (PTB) foram até a unidade de saúde, mas encontraram os portões fechados. A gestão do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) diz que a UPA está ando por requalificação e será entregue ainda este ano. Mas impedir a entrada de parlamentares soa mais como desrespeito ao papel fiscalizador do Legislativo do que como zelo pelo cronograma da obra.

Segundo os parlamentares, a situação da saúde em Caruaru preocupa: com a UPA do Salgado também fechada, a pressão recai sobre outras unidades, e quem paga a conta é o povo. A justificativa da prefeitura, de que tudo está sob controle, não convence diante de portas trancadas e servidores apreensivos.

Em tempos de desconfiança generalizada, esconder obras públicas é um erro grosseiro. Obras públicas exigem acompanhamento constante e o ir às informações por parte dos parlamentares e da sociedade. A fiscalização é dever legal. O que era para ser saúde virou palco de embate político e a população, mais uma vez, assiste do lado de fora.

I travada 

A tentativa da oposição de instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar o prefeito de Pesqueira, Cacique Marcos Xukuru (Republicanos), foi rejeitada após receber apenas quatro das cinco s necessárias. A cidade, localizada no Agreste de Pernambuco, acompanha o caso que envolve ainda os vereadores Sil Xukuru (PT) e Pastinha Xukuru (PP), todos réus em uma denúncia que aponta o desvio de mais de R$ 15,6 milhões, segundo o Ministério Público.

O presidente da Câmara, Guila Araújo (PDT), afirmou que os parlamentares afastados seguem como membros da Casa, o que mantém o total de 15 cadeiras. Já os vereadores favoráveis à I alegam que os dois investigados deveriam ser desconsiderados da contagem. O ime jurídico e político agora aguarda novos desdobramentos.

Antecipação

O prefeito Sandro Advogado (PP), de Chã Grande, município da Zona da Mata de Pernambuco, antecipou o pagamento da folha salarial de abril, movimentando mais de R$ 5 milhões na economia local. O ree contemplou servidores efetivos, comissionados, contratados e aposentados antes do feriado do Dia do Trabalhador. A gestão municipal informou que a medida busca aquecer o comércio e valorizar o funcionalismo público. Com o pagamento antecipado, o município ganha fôlego econômico temporário e visibilidade política.

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