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Confira 5 dicas da B3 para declarar ações de forma correta no Imposto de Renda

Nem todo investidor é obrigado a declarar, mas algumas condições tornam a entrega do IR obrigatória

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Com a temporada de declaração do Imposto de Renda em curso, os investidores que ainda não regularizaram suas obrigações fiscais precisam ficar atentos até o final deste mês. Desde 2024, quem realizou operações na Bolsa acima de R$ 40 mil está obrigado a declarar.

"O primeiro o é analisar se o contribuinte é obrigado a apresentar a declaração. Em seguida, é importante separar toda a documentação necessária, como comprovantes de retenção na fonte, notas de corretagem, etc. Uma dica que sempre dou é utilizar a declaração pré-preenchida, mas atenção, sempre revise todas as informações”, diz Filipe de Deus, superintendente Jurídico da B3.

Para facilitar esse processo, a B3 reuniu cinco dicas essenciais, veja abaixo:

1. Saiba se você precisa declarar

Nem todo investidor é obrigado a declarar, mas algumas condições tornam a entrega do IR obrigatória. Fique atento se você:

Teve rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888,00 em 2024 (salários, aluguéis, etc.);

Recebeu rendimentos isentos ou tributados na fonte acima de R$ 200 mil (indenizações trabalhistas, dividendos, etc.);

Realizou operações na Bolsa com soma superior a R$ 40 mil ou obteve qualquer ganho sujeito à tributação;

Possui bens acima de R$ 800 mil;

Teve receita bruta acima de R$ 169.440,00 em atividade rural;

ou à condição de residente no Brasil em 2024;

Se enquadra na Lei das Offshores, declarando bens e direitos no exterior.

2. Declare suas ações corretamente

Se você precisa declarar, é fundamental informar corretamente os ativos de renda variável. Para isso:

No programa da Receita, e a aba “Bens e Direitos” e clique em “Novo”;

No campo “Grupo”, selecione “03 – Participações societárias”;

Em “Código”, escolha “01 – Ações”;

Informe o CNPJ da empresa emissora das ações;

Descreva os detalhes do investimento: quantidade de ações, código de negociação e custo médio de aquisição;

Preencha os campos “Situação em 31/12/2023” e “Situação em 31/12/2024” com os valores do informe de rendimentos.

"Para facilitar, imagine que você comprou 100 ações de uma empresa a R$ 10 cada, totalizando um custo médio de R$ 1.000. Esse valor deve ser registrado corretamente na ficha de Bens e Direitos, garantindo que sua declaração reflita a realidade dos seus investimentos”, pontua Filipe.
 

3. Informe os ganhos e perdas mensais

Além de declarar as ações que possui, você deve informar os ganhos e/ou perdas das operações realizadas ao longo do ano. Para isso:

e a ficha “Renda Variável – Operações Comuns e Day-trade;

Preencha os valores correspondentes aos lucros e prejuízos de cada mês;

Caso tenha pago imposto sobre os lucros, informe os valores já recolhidos.

Segundo o superintendente Jurídico da B3, os investidores podem compensar prejuízos de anos anteriores com ganhos futuros, reduzindo o imposto a pagar. “É essencial manter um controle detalhado das operações para aproveitar esse benefício corretamente.”

4. Declare operações de curto prazo separadamente

Se realizou operações de Day-trade (compra e venda no mesmo dia), é necessário declará-las separadamente:

Vá até a ficha “Renda Variável – Operações Comuns e Day-trade”;

Informe os lucros ou prejuízos conforme o tipo de operação realizada;

Lembre-se de que Day-trade tem alíquota de imposto diferente das operações comuns.

"As operações de Day-trade são tributadas a uma alíquota de 20%, enquanto as operações comuns têm tributação de 15%. Compreender essa diferença é essencial para evitar pagamentos indevidos ou declarações incorretas”, comenta Filipe.

5. Tenha os documentos certos em mãos

Para evitar erros na declaração, reúna todos os documentos necessários:

O Informe de Rendimentos pode ser obtido com sua corretora ou banco;

e a Área do Investidor B3, onde seus investimentos estão consolidados, mesmo que tenham sido feitos por diferentes corretoras;

"É fundamental buscar os informes de rendimentos diretamente nas corretoras, bancos e na própria Área do Investidor da B3. Quanto mais completo for o levantamento dessas informações, menor o risco de erros na declaração", finaliza o superintendente.
 

 

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