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Chuvas: como proteger os pets dos riscos?

Em Pernambuco, tutores que moram em áreas de risco podem registrar os animais junto à Defesa Civil

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Pernambuco está ando por um período de chuvas fortes neste fim do mês de maio. Essa mudança de clima afeta o cotidiano de pessoas e também de seus pets. Os tutores precisam se atentar para doenças de pele atreladas ao aumento ou acúmulo de umidade, principalmente para animais que fazem eios externos.

Cachorro em dia de chuva
Animais devem ser vacinados adequadamente para evitar as doenças que surgem no clima mais frio - Pexels

Animais que saem de casa, principalmente em eios cotidianos, o que é mais comum para os cãezinhos, precisam de muita atenção em dias chuvosos. Existem vacinas para evitar doenças que ficam em alta durante o inverno, como a V10, que protege até contra a leptospirose. 

"É preciso ter cuidado com a leptospirose pelo contato com áreas alagadas. Para isso, é importantíssimo que o animal esteja com a vacina polivalente em dia. Também tem a questão da traqueobronquite infecciosa canina (tosse dos canis ou gripe canina, como é mais conhecida). Devido ao contato com a chuva e as baixas temperaturas, os cães podem resfriar. Também tem vacina para proteção", explica a veterinária Danielle Rito, da Vet4all. 

Os felinos

A especialista ainda lembra que, apesar dos gatos saírem menos de casa, eles também estão sujeitos a doenças do período. “Eles podem contrair a rinotraqueite felina ( gripe felina), que também tem vacina", reforçou. 

É importante que o tutor leve o pet para um médico-veterinário para que os imunizantes necessários sejam aplicados. 

Além da maior suscetibilidade a viroses, a exposição à umidade da calçada molhada ou até da garoa, podem surgir doenças de pele se o animal não secar completamente. É preciso evitar momentos de muita chuva na hora dos eios e poupar o máximo possível que o pet se molhe.

“Temos que redobrar a atenção com o surgimento de doenças de pele (dermatites e infecções fúngicas) devido ao excesso de umidade na pelagem do animal Para evitar isso deve-se, sempre que chegar do eio, secar o pet com toalha e secador”, orienta Danielle Rito. 

As áreas da orelha, entre os dedos, área inguinal (localizada na virilha, onde o abdômen se encontra com as coxas) e axilas precisam de atenção redobrada na hora de secar, pois são focos quentes e protegidos que facilitam a proliferação de fungos. 

Áreas de risco

Pessoas em situação de vulnerabilidade por conta da área em que moram podem ter dificuldade de cuidar de si e dos pets em momentos chuvosos. E se a área for de risco a enchentes e deslizamentos, é importante que a pessoa siga as definições da Defesa Civil do seu município. 

A Major Agilana Inojosa, da Defesa Civil de Pernambuco, orientou sobre como garantir cuidados para o pet que vive com tutor em uma área vulnerável em tempos chuvosos.

"A gente orienta que todo tutor faça uma bolsinha, uma 'mala' com identificação e documentações necessárias com relação à vacinação desse animal feita. Isso e uma caixa de transporte, para o caso de ter que sair de casa às pressas para um abrigo.” 

Além disso, Inojosa esclarece que é possível avisar para a Defesa Civil sobre quantas pessoas e animais moram na residência. Assim, em caso de perda do pet, fica mais fácil para os órgãos públicos identificarem onde pode ter um animal perdido e levá-lo para seu tutor. 

"Se você mora numa área de vulnerabilidade, seja com relação a deslizamento, seja com relação a enchentes ou inundações, o ideal é que você sempre procure, de forma antecipada, a Defesa Civil do município”, reforça.

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