Indicação para Fernando de Noronha acirra ânimos na Assembleia Legislativa
Deputado Antônio Moraes e o presidente da Casa, Álvaro Porto, trocam farpas
Incapacidade política para os oposicionistas. Disposição política para os governistas. Mais que polêmica, a decisão das governadoras Raquel Lyra e Priscila Krause, ambas do PSD, gerou troca de farpas e insultos entre líderes de peso na Assembleia Legislativa.
Diante da decisão das comissões de mazanzar a análise de projetos do Executivo, as gestoras decidiram nomear para adjunto de Noronha o advogado Virgílio Oliveira, antes apresentado como titular.
O projeto chegou à Casa no dia 28 de março e até agora não entrou na pauta da Comissão de Justiça.
"É uma coisa nunca vista. É um absurdo você achar que é maior do que o regimento da Casa e não cumprir as normas”, lamentou o deputado Antônio Moraes (PP), há 27 anos na Assembleia.
Para ele, seria importane que o presidente Álvaro Porto (PSDB) mediasse conflitos entre oposição e governo. “Mas ele aparece como líder da oposição. Isso é muito ruim, porque não se tem a quem recorrer, não tem uma pessoa para moderar a discussão na Casa", bradou.
Álvaro Porto observou que Moraes, enquanto esteve à frente da Comissão de Justiça, agiu como líder do governo. "Engavetou mais de 800 projetos. A verdade é que muita gente queria estar na cadeira de presidente. Mas eu fui o eleito e reeleito. E garanto a autonomia da Casa." No início da legislatura, Moraes se dispôs a presidir a Casa.
No meio do imbróglio, a governadora em exercício Priscila Krause acredita que uma hora os projetos serão pautados. “Eu torço para que seja o quanto antes, porque o povo pernambucano tem pressa.”
Sem afronta
A ideia de nomear Virgílio como adjunto foi do Avante, partido presidido no estado por Sebastião Oliveira, tio do gestor. “Não foi afronta à Alepe. Virgílio precisava fazer gestão. A ilha estava abandonada e o governo o escolheu. É jovem, preparado, trabalhador, humilde e dará conta do recado”, assegurou Sebastião Oliveira.
Tempo ruim
Virgílio Oliveira não conseguiu desembarcar em Noronha ontem, devido às fortes chuvas. Mas o pai, o deputado Waldemar Oliveira, tem fé que na próxima segunda ele esteja na ilha. “É um abençoado. Devoto e protegido por Nossa Senhora de Fátima.”
Protocolos abençoados
Em agendas no Recife, o ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Wellington Dias, aproveitou o salão do Palácio das Princesas, e reuniu evangélicos de várias congregações. Lançou, exclusivamente para eles, um programa de estímulo ao empreendedorismo. “Precisamos mais de vocês do que vocês de nós”, confessou.
Nomes petistas
Ganha força na disputa pela presidência do Partido dos Trabalhadores no estado o secretário-geral da legenda, Sérgio Goiana, vinculado ao grupo do senador Humberto Costa. A ideia dos líderes petistas é afunilar a lista de candidatos antes do prazo final, dia 26.