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Saúde e bem-estar

Mistura perigosa: energéticos e bebidas alcoólicas

Combinação pode mascarar os efeitos do álcool e sobrecarregar o coração

As prévias de carnaval já estão a todo o vapor, e com elas vem um consumo intenso de bebidas energéticas, muitas vezes misturadas ao álcool. Mas será que essa combinação é segura?

Os energéticos contêm substâncias estimulantes que mascaram os efeitos do álcool, fazendo a pessoa se sentir menos embriagada do que realmente está. Isso pode levar a um consumo excessivo de bebidas alcoólicas e aumentar o risco de intoxicação. Além disso, o consumo excessivo de energéticos leva à desidratação, insônia, aumento da pressão arterial e arritmias cardíacas, especialmente em quem já tem predisposição a problemas cardiovasculares.

O que tem no energético?

Os energéticos são compostos por substâncias que estimulam o sistema nervoso central, sendo as principais:

  • Cafeína: presente em altas doses, pode provocar irritabilidade, ansiedade e acelerar os batimentos cardíacos.
  • Taurina: um aminoácido que atua no sistema nervoso, mas cuja combinação com altas doses de cafeína ainda não é totalmente compreendida pela ciência.
  • Guaraná e ginseng: ingredientes naturais que também são estimulantes e potencializam os efeitos da cafeína.
  • Açúcares: muitas marcas possuem altos teores de açúcar, o que favorece o ganho de peso e a resistência à insulina.

 
Quando usar energéticos sem bebida alcoólica?
 
Embora devam ser consumidos com moderação, os energéticos podem ser utilizados sem álcool em momentos em que uma pessoa precisa de um estímulo extra, como antes de uma atividade física ou de um longo período de estudo. No entanto, recomenda-se que se priorize fontes naturais de energia, como boa alimentação e hidratação. A água continua sendo a melhor opção para manter o corpo hidratado no carnaval. Se precisar de energia, um café puro pode ser uma alternativa mais segura do que um energético.
 
Possíveis malefícios
 

  • Risco cardíaco: o excesso de cafeína pode causar arritmias e aumento da pressão arterial.
  • Mascara os efeitos do álcool: a pessoa se sente menos embriagada e pode beber mais do que o recomendado.
  • Desidratação: o efeito diurético agrava a desidratação causada pelo álcool.
  • Insônia e ansiedade: podem prejudicar o sono e causar nervosismo e irritabilidade.
  • Sobrecarga no fígado e nos rins: o organismo precisa trabalhar mais para processar os estimulantes e o açúcar.

 
Energético, álcool e altas temperaturas

A mistura de energético com bebida alcoólica e exposição ao calor intenso é arriscada, podendo causar:

  • Desidratação severa: como já relatamos, tanto o álcool quanto o energético têm efeitos diuréticos. No calor, isso leva rapidamente à desidratação, causando tontura, fraqueza e até desmaio.
  • Sobrecarga no coração: o calor já exige mais do sistema cardiovascular, pois o corpo precisa regular a temperatura. O energético acelera os batimentos cardíacos. Já o álcool dilata os vasos sanguíneos.
  • Confusão e aumento do risco de insolação: o álcool prejudica a percepção da temperatura corporal, e o energético dá uma falsa sensação de disposição. O resultado? A pessoa não percebe que está superaquecendo, o que aumenta o risco de insolação, exaustão térmica e até desmaios.

Lembre-se: o líquido mais saudável e seguro é a agua! 

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Causas da queda capilar

Foto: Ideogran

O estresse é sempre tido como o vilão da queda capilar e ele realmente contribui bastante para esse desconforto. É uma questão que mexe com o bem-estar e com a autoestima, podendo gerar retração social e até mesmo depressão. O cabelo é um ponto muito importante para muitas pessoas, é a moldura do rosto. Sua falta pode incomodar bastante, gerando até problemas emocionais. Segundo a dermaticista e especialista em Estética e Tricologia, Renata Souto Maior é importante saber, que essa queda precoce pode estar associada a distúrbios hormonais, ovários policísticos, bem como carência de vitaminas, como B12, D, C; organismo inflamado; alimentação rica em alimentos processados e pobre em nutrientes. Além disso, o uso de químicas, bem como alisamentos, chapinhas, pode enfraquecer e danificar o fio, levando-o à queda.  Além da nutrição adequada, é importante investir em hidratação, suplementação nutricional orientada e tratamentos capilares com profissional especializado.


Mudanças climáticas podem aumentar o risco de câncer

Foto: Ideogran

O aquecimento global está mudando os padrões do clima e provocando o derretimento das geleiras, a elevação do nível do mar, longas estiagens e a ocorrência de inundações, incêndios florestais e furacões.  “Ao afetar a natureza, as mudanças climáticas estão aumentando o risco do surgimento de câncer de mama, pulmão e cérebro”, alerta o oncologista Daniel Musse, da Oncologia D’Or. Incêndios florestais e queimadas, por exemplo, provocam o aumento da poluição atmosférica e um estudo anglo-americano mostrou que a má qualidade do ar causa cerca de 14% dos casos de câncer de pulmão em todo o mundo. Um estudo francês apresentado em 2023 no Congresso Europeu de Oncologia Médica (ESMO) revelou que o risco de câncer de mama foi  28% maior  em locais que apresentavam níveis de 10 μg/m3  mais elevados de partículas finas. A redução da camada de ozônio e o aumento da incidência dos raios ultravioletas  contribuem para o surgimento de câncer de pele. Pesquisadores da Universidade de Oxford e do Wexham Park Hospital, no Reino Unido, comprovaram que casos de câncer não-melanoma crescem em 5% a cada grau Celsius a mais de temperatura.



Luciano Hulk e João Adibe - Foto: Divulgação

Caminhão - A Cimed, terceira maior farmacêutica em volume de vendas do Brasil, resgata uma das promoções mais icônicas da história da TV brasileira. Em parceria com o Domingão com Huck, da Globo, a farmacêutica traz de volta o "Caminhão do Domingão". A campanha, de abrangência nacional, acontecerá por três meses - de abril a junho – e será ancorada pelo CEO da farmacêutica, João Adibe, e pelo apresentador Luciano Huck. Aliando entretenimento e incentivo, o “Caminhão do João” vai percorrer o país premiando consumidores com três caminhões recheados de produtos, incluindo o portfólio da Cimed, além de R$ 3 milhões em prêmios. Para participar, basta comprar produtos da Cimed na farmácia, sinalizados com a faixa amarela, exceto medicamentos, totalizando valor igual ou maior a R$ 50 e cadastrar o cupom fiscal no site ou no whatsapp da promo. No encerramento, os participantes ainda vão concorrer a um prêmio final de R$1 milhão.


Daniel Dziabas - Foto: Divulgação

Prêmio - O dermatologista brasileiro Daniel Dziabas conquistou a comunidade internacional e acaba de ser eleito Dermatologista do Ano 2024/2025 pelo Corporate LiveWire. Com origem no Reino Unido, a premiação reconhece a excelência, a inovação e o impacto de profissionais e organizações que redefinem padrões de atuação em seus setores. Com uma abordagem que alia ciência, tecnologia de ponta e protocolos inovadores, Daniel é um dos defensores do movimento Slow Aging, que valoriza o envelhecimento saudável e a beleza natural, sem transformações drásticas. Dessa forma vem conquistando não apenas personalidades brasileiras, mas também pacientes do exterior.


Falhas na orientação do pré-natal comprometem partos, mas doulas ajudam a suprir essa carência

Estudo da Fiocruz revela que muitas gestantes chegam ao parto sem informações essenciais sobre seus direitos e boas práticas obstétricas. Especialistas apontam que a presença de doulas pode contribuir para um processo mais humanizado e seguro

Doula Rizia Lindolfo - Foto: Divulgação

A falta de informações sobre boas práticas obstétricas no pré-natal ainda é um desafio significativo no Brasil. Um estudo do Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública da Fiocruz Pernambuco apontou que muitas gestantes desconhecem seus direitos, opções de assistência ao parto e medidas para garantir uma experiência mais segura e respeitosa. A lacuna informativa contribui para a perpetuação de práticas de violência obstétrica e interfere diretamente na autonomia das mulheres durante o nascimento de seus filhos.

A pesquisa, intitulada "Direito à informação sobre boas práticas obstétricas: o papel do pré-natal na preparação para o parto", foi realizada por Maisa Oliveira sob orientação da pesquisadora Camila Pimentel. O estudo revelou que muitas gestantes enfrentam dificuldades para ar informações sobre o parto humanizado e a escolha da maternidade, o que pode impactar negativamente a experiência do parto.

A técnica de enfermagem Izabele Brito, que espera seu primeiro filho, sente na prática essa falta de orientação. "Mesmo trabalhando na área da saúde, me deparei com muitas dúvidas. No início, eu achava que era normal não ter muitas informações, mas depois percebi que precisava me preparar melhor. Muitas mulheres chegam ao parto sem saber o que esperar, e isso gera insegurança", relata.

Para a doula Rizia Lindolfo, essa ausência de informações adequadas impacta diretamente a experiência do parto. “A falta de conhecimento pode aumentar a ansiedade e levar as gestantes a aceitarem procedimentos desnecessários sem compreender as consequências. Nosso papel como doulas é oferecer e emocional e informativo para que cada mulher se sinta segura e protagonista desse momento”, explica.

Embora a Rede Cegonha, política nacional criada para garantir o parto humanizado, tenha sido implementada em Olinda, a cidade enfrenta desafios estruturais. O fechamento da maternidade pública local em 2014 deixou as gestantes dependentes de uma única unidade conveniada ao SUS, o que frequentemente resulta em superlotação e atendimento precário.

Rizia Lindolfo: "Nosso papel como doulas é oferecer e emocional e informativo para que cada mulher se sinta segura e protagonista desse momento” - Canva

Nesse cenário, o acompanhamento de uma doula pode ser um fator determinante para garantir mais segurança e bem-estar à mulher. "Antes de buscar acompanhamento, eu me sentia muito perdida. Ter o apoio de uma doula me ajudou a entender melhor as etapas do parto e a montar meu plano de parto com segurança. Hoje, me sinto mais preparada para esse momento tão importante", destaca Izabele Brito.

A pesquisa da Fiocruz sugere a implementação do plano de parto como ferramenta essencial para fortalecer a autonomia das gestantes. Esse documento permite que a mulher registre suas preferências para o parto, como o tipo de assistência desejada, procedimentos a serem evitados e a presença de um acompanhante. “Quando a gestante tem um plano de parto bem definido, ela chega mais preparada e tem mais segurança para reivindicar seus direitos. Isso faz toda a diferença na experiência do nascimento”, reforça Rizia Lindolfo.

Além de recomendar a criação de indicadores para monitorar a aplicação de boas práticas obstétricas, o estudo reforça a importância da participação ativa da mulher no processo de decisão. Enquanto mudanças estruturais não são implementadas no sistema de saúde, doulas seguem desempenhando um papel fundamental na busca por um parto mais respeitoso e informado. “Empoderar mulheres por meio da informação é um caminho essencial para transformar a realidade obstétrica no Brasil”, conclui Rizia.



 


 

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