Câncer de esôfago: como identificar, tratar e prevenir essa condição?
Neoplasia é a 6º em mortalidade entre os homens, segundo o Ministério da Saúde
O esôfago é o tubo muscular que faz a ligação entre a garganta e o estômago. O câncer que afeta esse órgão é considerado, segundo o Ministério da Saúde, como o sexto em mortalidade entre os homens e o 15º entre as mulheres, tirando o câncer de pele não melanoma. Essa neoplasia, ainda de acordo com a pasta, incide oito vezes com mais frequência nos pacientes masculinos, no mundo inteiro, sendo duas vezes mais do que nas mulheres.
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A gastroenterologista do Hospital Jayme da Fonte, doutora Emanuelle Cardinali, explica que os sintomas do câncer de esôfago devem ser o maior sinal de alerta para que uma pessoa procure um médico. A doença não tem exames de rastreio, o que faz necessária a busca por um especialista no assunto.

Efeitos
“Entre os principais sintomas, estão a dificuldade de engolir, inicialmente, os sólidos, podendo progredir até para líquidos. Tem também a sensação de entalo, dor no peito e perda de peso não explicada. Ao sentir esses sintomas, procure um médico imediatamente”, aconselha ela.
Ao explicar sobre a doença, Cardinali ainda indica que, como o câncer de esôfago está ligado aos estilos de vida, é necessário que a população se atente para determinados cuidados que podem fazer toda a diferença.

Vilão?
Bebidas quentes podem provocar o câncer de esôfago? Entre tantos mitos e verdades que am de geração em geração, especula-se que tomar bebidas muito quentes, a exemplo do café, pode provocar o câncer de esôfago. Emanuelle Cardinali responde se isso pode acontecer, de fato, ou se é mito.
“A verdade é que o café, por exemplo, não é o vilão. Ele é até um fator protetor, porque possui antioxidantes. Mas a temperatura, de fato, é uma vilã e causa danos para o esôfago. Então, não é aconselhável tomar o café assim que ele terminou de ser coado. Se você segura o copo e sente um desconforto para segurá-lo, provavelmente há uma temperatura elevada, acima de 65°C. É preciso esperar um pouco para consumir o líquido com tranquilidade”, acrescentou.
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Cirurgia
Entre os tratamentos dessa patologia, está a esofagectomia, que compreende a retirada de parte ou de todo o órgão. Posteriormente, podem ser feitas a quimioterapia, radioterapia e também a imunoterapia. O Ministério da Saúde aponta que, em casos iniciais, os tumores podem ser tratados por ressecção local, durante a endoscopia, sem haver necessidade de procedimento cirúrgico. Nos casos avançados, o tratamento é paliativo, com radioterapia combinada ou não à quimioterapia.
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