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Vida Plena

Dores reumáticas podem gerar incapacidade profissional

Reumatologista explica fatores de risco e tratamento

Conhecidas pela intensidade e por causarem inchaço nas articulações, as dores reumáticas estão entre as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil, se não forem tratadas adequadamente. Por constatação de incapacidade por causa do problema de saúde, pelo menos 7,5% dos pedidos de demissão no País foram causados por esse tipo de patologia, de acordo com dados da Previdência Social.

As doenças

As doenças reumáticas englobam um grupo de, pelo menos, 120 enfermidades. Entre elas, as mais conhecidas são a tendinite, bursite, artrite reumatoide, espondilite anquilosante e lúpus eritematoso sistêmico. Elas atingem o aparelho locomotor do ser humano, que compreende os ossos, cartilagens, músculos, tendões e ligamentos. Outras partes também podem ser acometidas, como, por exemplo, o sistema nervoso central, cérebro, sistema circulatório, coração, rins, entre outros.

Reumatologista do Hospital Jayme da Fonte, a doutora Helena Carneiro Leão afirma que, ante os primeiros sintomas percebidos, os pacientes precisam procurar um médico especialista na área o mais urgente possível. Essa busca pode levar a pessoa a ter um tratamento bem conduzido, que pode proporcionar ao paciente uma melhor qualidade de vida.

Drª Helena Carneiro Leão, reumatologista do HJF
Drª Helena Carneiro Leão, reumatologista do HJF | Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

“Todos os públicos são acometidos por dores e quadros reumatológicos. Existem doenças, inclusive, que já afetam na infância. Outras são mais frequentes nas mulheres, como, por exemplo, fibromialgia e artrite reumatoide. Porém, isso não quer dizer que homens não são acometidos. Eles são mais afetados pela espondilite anquilosante. A osteoartrite acomete mais pessoas mais jovens. Quem tem mais idade não está livre”, explica Helena Carneiro Leão.

Fatores de risco
A especialista detalha ainda que doenças autoimunes, como são enquadradas as reumáticas, possuem fatores de risco e a qualidade de vida pode ser prejudicada.

“Algumas doenças têm marcadores genéticos que são transmitidos na própria família. Entre os fatores de risco, também estão as questões relacionadas à qualidade de vida, que sempre estarão presentes. São pessoas que fazem esforços exagerados, como esportes, por exemplo. Elas podem ter lesões de tendões e de músculo mais precocemente”, complementa.

Contudo, Carneiro Leão reconhece que o sedentarismo não contribui positivamente na qualidade de vida. Ela frisa que deve haver equilíbrio para que os fatores de risco sejam combatidos e a pessoa viva sem dor.

“A dor é uma coisa que modifica a vida do ser humano e as relações sociais. A [dor] crônica, principalmente, exige todo esse cuidado para elevar a qualidade de vida”, fala.

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PrevençãoPara evitar o sofrimento por dores reumáticas, de acordo com a reumatologista do HJF, ao notar os primeiros sintomas de dor articular, o paciente deve procurar imediatamente um médico.

“Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor resultado nós teremos. Muitas vezes, o paciente não tem o ao especialista e fica tratando, somente, da dor, que é, para muitos, o quinto sinal vital. Havendo condição de tratar, rever os fatores de risco, regulando com atividade física equilibrada e uma alimentação adequada”, finaliza.

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