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Antissemitismo, violência doméstica e alcoolismo: relembre as polêmicas envolvendo Mel Gibson

Apoiador de Donald Trump, ator terá porte de armas devolvido pelo Departamento de Justiça dos EUA

Estrela de sucessos como "Máquina mortífera", "Mad Max" e "Coração Valente" e diretor de obras como "A paixão de Cristo" e "Até o último homem", Mel Gibson são foi um dos maiores nomes de Hollywood.

Nas últimas décadas, no entanto, o astro se viu em meio a uma série de polêmicas que arranharam seu estrelato, além de renderem inúmeros problemas na justiça americana.

Recentemente, inclusive, o ator se viu em meio a um debate sobre porte de armas nos Estados Unidos. Por ter condenação judicial, Gibson chegou a ter sua permissão para portar e possuir armas suspensa pela justiça.

Apoiador de Donald Tramp, o ator, no entanto, será beneficiado por nova decisão do Departamento de Justiça dos EUA e retomará seu porte.

As notícias de comportamento errático de Gibson datam desde seus anos de fama, especialmente com relação aos excessos no consumo de álcool.

A primeira detenção do ator aconteceu em 1983, durante as filmagens de "Mrs. Soffell — Um amor proibido", no Canadá, quando foi parado dirigindo embriagado.

As maiores polêmicas, no entanto, surgiram no início dos anos 2000, a partir da crise no casamento de 28 anos com Robyn Gibson, com quem teve sete filhos.

Em 2006, Gibson voltou a ser parado pela polícia dirigindo sob efeito de álcool. Na ocasião, o ator foi desrespeitoso com a autoridade policial, chegando a ameaçá-la. Sem controle, durante a detenção, ele deferiu comentários antissemitas culpando judeus por "todas as guerras do mundo".

Na detenção, os níveis de álcool no sangue de Gibson eram de 0,12%, acima do limite legal de 0,08%, segundo os documentos divulgados pela delegacia.

Além disso, o ator levava no Lexus LS que conduzia a mais de 140km/h e portava uma garrafa de bebida alcoólica.

O astro foi condenado a frequentar reuniões dos Alcoólicos Anônimos (AA), a pagar uma multa de US$ 1.300 e a ar três anos em liberdade condicional, dos quais só teve que cumprir 17 meses.

Na ocasião, os comentários antissemitas fizeram Hollywood relembrar declaração anteriores do ator contra o povo judeu, algo que repercutiu muito em meio ao lançamento de "A paixão de Cristo", em 2004.

O ator pratica um catolicismo ultraconservador e seu pai fez declarações que colocavam em xeque a morte em massa nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial.

Robyn Gibson se separou do ator pouco tempo após a detenção.

O divórcio foi finalizado três anos depois com um acordo de US$ 900 milhões. Na sequência, o ator emendou um relacionamento com a cantora russa Oksana Grigorieva, que também não terminou bem.

Grigorieva acusou Gibson de ter lhe dado um soco durante uma acalorada discussão em 6 de janeiro de 2010.

O ator havia itido anteriormente à Justiça que deu um tapa na ex-namorada, alegando que estava preocupado com a segurança da filha, Lucia, já que Grigorieva estaria chacoalhando a menina.

Gibson alegou também que Grigorieva tentou extorquir dinheiro dele, usando para isso gravações em que um homem lança insultos e ofensas raciais por telefone. Essas gravações, divulgadas posteriormente pelo site de celebridades Radaronline.com, foram atribuídas a Gibson e afetaram negativamente sua carreira.

Depois da separação, Gibson e Grigorieva chegaram a um acordo judicial supostamente de US$ 20 milhões.

O ator ainda foi condenado a três anos de liberdade condicional por não contestar a acusação de violência doméstica.

Além dos problemas com seus relacionamentos, Gibson também se envolveu em crises no relacionamento do pai.

Em 2012, a madrasta do ator apresentou na justiça um pedido de restrição de distância contra ele, alegando que era violento com ela, que está ando por um processo de divórcio complicado com seu pai.

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