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cannes 2025

Brasil é país de honra no Marché du Filme, área de mercado do Festival de Cannes

Cinema nacional tem dois estandes no evento. Além de "O Agente Secreto", de Kleber Mendonça Filho, o cinema brasileiro está presente em outras mostras do festival

Além de “O agente secreto”, de Kleber Mendonça Filho, que está na disputa pela Palma de Ouro, o cinema brasileiro estará presente em outras mostras do Festival de Cannes.

Coprodução entre Brasil, Portugal, Romênia e França, “O riso e a faca”, de Pedro Pinho, integra a competição da Un Certain Regard, enquanto que o documentário “Para Vigo me voy!”, de Lírio Ferreira e Karen Harley, sobre Cacá Diegues, será exibido na mostra Cannes Classics e irá concorrer ao prêmio Olho de Ouro.

Já a Quinzena dos Realizadores irá exibir quatro curtas-metragens produzidos no Ceará sob mentoria de Karim Aïnouz como parte do projeto Directors’ Factory, em que quatro realizadores brasileiros foram pareados com cineastas estrangeiros para o desenvolvimento das obras.

"Além dos filmes que serão exibidos, esse projeto me interessou porque é uma possibilidade muito concreta de você avançar com os projetos de longas desses jovens autores" conta Karim , que esteve na disputa pela Palma de Ouro nos dois últimos anos, com “O jogo da rainha” e “Motel Destino”.

"Você senta para uma rodada de negócio com potenciais produtores. É muito especial estar perto de uma nova geração e tentar ajudar a proporcionar esse sonho concreto de fazer um filme"

O cinema nacional também será o centro das atenções no Marché du Film, área de mercado do evento que elegeu o Brasil como o país de honra como parte das comemorações da Temporada Brasil-França, que marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países.

O festival contará com a presença da ministra da Cultura Margareth Menezes, da secretária do Audiovisual Joelma Gonzaga e de mais de 60 profissionais apoiados pelo MinC para a participação em painéis, debates e rodadas de negócio.

O Brasil contará com dois estandes no Marché. O principal, com 96m², apresenta o o projeto Cinema do Brasil, enquanto que o segundo espaço, com 37m², será compartilhado entre SPCine e RioFilme.

"Esta edição histórica marca um momento recorde para a participação brasileira no mercado, com um aumento de mais de 50% no número de profissionais presentes em comparação aos anos anteriores, um sinal evidente da crescente presença global do país e do impulso da indústria" destaca a ministra Margareth Menezes.

Gonzaga aponta que a presença do Brasil no Marché é “uma oportunidade única de expandir nossas conexões, fortalecer diálogos e mostrar ao mundo a diversidade e a criatividade do cinema brasileiro”.

O que vem aí
Se as mostras competitivas de Cannes são reservadas para a estreia de filmes, a área de mercado conta com projetos nas mais diversas fases de desenvolvimento em busca de parcerias para produção ou distribuição.

São centenas os longas brasileiros que arão pelas salas de exibição e pelas rodadas de investimento do Marché.

A comédia “Dois é demais em Orlando”, com Eduardo Sterblitch, já exibida nos cinemas brasileiros, estará em Cannes buscando a venda para VOD internacionalmente e interessados em coproduzir uma continuação.

O drama “Manas”, de Marianna Brennand, que chega aos cinemas brasileiros na quinta-feira, buscará por distribuidores internacionais.

O infantil “Clarice vê estrelas”, produzido por Bruno Gagliasso e Vini Jr., será exibido no caráter de “trabalho em desenvolvimento” tentando atrair parceiros.

Já o novo filme dirigido por Selton Mello, “Alma”, está em fase inicial de pré-produção à procura de parcerias para financiamento, produção e distribuição.

Este é o mesmo caso de “Escuderia tropical”, drama de Aly Muritiba sobre os irmãos Wilson e Emerson Fittipaldi, “Corupá”, estreia na direção de Bruna Linzmeyer, e muitos outros.

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