De prêmio histórico para o Brasil a discursos longos: Confira os pontos altos e baixos do Oscar 2025
Cerimônia consagrou 'Anora' como melhor filme e 'Ainda estou aqui' como melhor filme internacional
O Oscar 2025 aconteceu na noite desde domingo e consagrou "Anora", de Sean Baker, como o grande vencedor da noite. O filme venceu em cinco das seis categorias em que estava indicado. A cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood contou com apresentação de Conan O'Brien e aconteceu, como de costume, no Dolby Theater, em Los Angeles. Confira os altos e baixos da premiação.
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Pontos altos
Vitória brasileira: "Ainda estou aqui" deixou a cerimônia com o prêmio de melhor filme internacional. Foi a primeira estatueta brasileira em 97 anos de premiação. Em discurso, Walter Salles homenageou Eunice Paiva, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.
Apresentador: Conan O'Brien se destacou com um monólogo que não fugiu das polêmicas do ano, especialmente a presença de Karla Sofía Gascón. O humorista também arrancou risos de Fernanda Torres ao fazer piada com "Ainda estou aqui". Em outro momento, em que homenageavam membros do corpo de bombeiros que enfrentaram os incêndios na Califórnia, Conan colocou oficiais para ler piadas politicamente incorretas, como que obrigando o público a embarcar nos comentários ácidos.
Melhor documentário: Produzido por realizadores israelense e palestinos, "Sem chão" se destacou como o discurso mais político da noite, em que a equipe pediu o fim da “limpeza étnica contra a população palestina”, em referência aos conflitos na Faixa de Gaza.
Defesa de imigrantes: Zoe Saldaña conquistou o prêmio de melhor atriz coadjuvante por "Emília Pérez" e fez um belo discurso em defesa de imigrantes, público que vem sendo alvo do governo de Donald Trump.
Pontos baixos
Domínio de um filme: A cerimônia prometia algumas surpresas e acabou com o domínio de um filme só, o que acaba tornando o evento mais monótono. Beneficiada pela onda "Anora", Mikey Madison acabou superando Fernanda Torres como melhor atriz.
Discursos e apresentações longas: Várias categorias tiveram introduções muito longas e alguns discursos aram do ponto, especialmente o de Adrien Brody. O ator ainda demonstrou falta de humildade ao sugerir que sabe como funciona os discursos por já ter sido premiado antes.
Números musicais em excesso: A Academia cortou as apresentações das canções indicadas, mas inseriu uma série de números musicais na premiação. Apesar de bonito, o número em homenagem a James Bond pareceu deslocado em um ano sem filme do espião britânico ou qualquer efeméride.
Ausências no in memoriam: O momento in memoriam trouxe bela homenagem de Morgan Freeman ao amigo Gene Hackman, mas ignorou as perdas dos brasileiros Cacá Diegues e Sérgio Mendes, ex-membros da Academia.