Estátuas 'ganham voz' com realidade aumentada em projeto que une poesia e tecnologia no Recife
Circuito Digital da Poesia transforma espaços públicos em experiências interativas com geolocalização e declamações poéticas
Uma proposta que une tecnologia e arte vem transformando o modo como os cidadãos interagem com os monumentos do Recife.
É o Circuito Digital da Poesia, projeto acadêmico desenvolvido durante o doutorado em Engenharia de Software de Vladimir Barros, na Cesar School, que utiliza realidade aumentada para "dar voz" a estátuas espalhadas pela capital pernambucana.
A iniciativa convida o público a visitar pontos estratégicos da capital pernambucana e, por meio da geolocalização, desbloquear conteúdos interativos em seus celulares.

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As estátuas am a “narrar” suas histórias por meio de declamações poéticas, relatos biográficos e animações em 3D, ados diretamente pelos usuários.
A experiência é projetada como uma jornada gamificada, que mistura entretenimento, educação e valorização cultural. Basta apontar a câmera do celular para os QR Codes instalados próximos aos monumentos espalhados pela cidade.
Com o uso da geolocalização, o sistema reconhece a posição do usuário e libera o o ao conteúdo digital disponível para aquele ponto específico. A partir daí, é possível ar um site interativo e iniciar a experiência imersiva, que inclui áudios de poesia declamados em primeira pessoa, informações históricas e animações em realidade aumentada, projetadas diretamente na tela do dispositivo móvel.

Inspirado em iniciativas internacionais como Pokémon Go e Archeoguide, o projeto propõe uma nova forma de escutar a cidade e seus personagens históricos.
A ideia nasceu ainda no mestrado de Vladimir, designer e pesquisador das realidades imersivas há mais de sete anos, e vem sendo aprimorada como parte de sua tese de doutorado, que investiga o papel da tecnologia na preservação da memória cultural e urbana.
Reconhecido dentro e fora do país, o Circuito Digital da Poesia já foi premiado em editais e eventos como o Prêmio Aluísio de Magalhães (Design Digital), FICC 2023 (EUA), Computing Conference (Reino Unido), IHEIT (França), além de ter ado por palcos como o HackTown, TDC, Bienal de Design e o Web Summit.