Michel Melamed estreia "Polipolar Show", seu novo programa de entrevistas, no Canal Brasil
Atração reúne conversas com 30 personalidades, incluindo Regina Casé, Gregório Duvivier e Linn da Quebrada
Depois de comandar por três temporadas o “Bipolar Show”, Michel Melamed está com um novo programa no Canal Brasil. Espécie de “evolução” do projeto anterior, o “Polipolar Show” estreia hoje, às 21h, com exibições sempre às quintas-feiras, até o final de julho.
No formato do antigo talk show, o apresentador e diretor conversava com um convidado em dois cenários diferentes. Agora, são três entrevistados por episódio, totalizando 20 ambientações diferentes.
“O ‘Bipolar’ foi uma experiência maravilhosa e parecia que já tinha contado sua história. Só que o que me move como artista é a vontade de transgredir a expectativa. Então, quando surgiu a oportunidade de conversar sobre um novo projeto com o Canal Brasil, me veio a ideia de levar aquela linguagem ao limite”, explicou Michel, em entrevista à Folha de Pernambuco.
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Ao longo de dez episódios, o “Polipolar Show” recebe 30 personalidades diferentes. Fugindo do estilo tradicional de um programa de entrevistas, a atração é marcada pelo dinamismo das ações e pela teatralidade. Outras características também presentes no programa antecessor seguem presentes, como o corte seco e a edição não linear.
Entrevistador e convidados se encontraram em um estúdio de 1.000 m² localizado no Rio de Janeiro, acompanhados por uma plateia. Criador do formato, Melamed conversa separadamente com cada um, trocando de cenário e de figurinos três vezes.
Na estreia, o apresentador recepciona MC Carol, a atriz Regina Casé e o escritor e professor Jeferson Tenório. Marco Nanini, Drica Moraes, Luisa Arraes, Heloisa Périssé, Gregório Duvivier e Linn da Quebrada estão entre os nomes que darão as caras nos próximos episódios, falando sobre experiências pessoais e questões pautadas pela sociedade.
Para Melamed, nesta nova fase como entrevistador há mais espaço para política. “Não que já não houvesse antes, mas é que o debate sobre questões como racismo, homofobia e fascismo, são cada vez mais urgentes. Não tinha como não abraçar isso. O programa é realmente ‘poli’, porque tem muito humor e performance, mas é também um lugar de debate de ideias”, analisa.
Sobre a escolha dos convidados, o apresentador defende que “o único critério possível” é o afeto. “Não me interesso em conversar com um extremista ou com uma pessoa agressiva. Chamei pessoas que amo por suas trajetórias, discursos e personalidades, e que, para minha sorte, amam alguma coisa nessa proposta”, comenta.
Melamed, que acumula uma intensa trajetória com o teatro, explica que o bate-papo é uma “experiência livre”, sem seguir um roteiro ou perguntas previamente combinadas. “É um ‘encontrão’, e a única garantia que dou às pessoas é que estou comprometido com elas, para ouvi-las, aplaudi-las e tentar gerar alguma coisa nova para compartilhar com o público”, afirma.