Morre Rick Derringer, guitarrista que tocou com Barbra Streisand, Cyndi Lauper e Ringo Starr
Músico fez sucesso com as canções "Hang On Sloopy" e "Rock and Roll, Hoochie Koo"
Rick Derringer, o roqueiro onipresente que cantou os sucessos "Hang On Sloopy" e "Rock and Roll, Hoochie Koo" em uma carreira musical que se estendeu por várias décadas e também incluiu colaborações com Hulk Hogan e Weird Al Yankovic, morreu nesta segunda-feira (26) em Ormond Beach, Flórida.
Ele tinha 77 anos. Seu cuidador e amigo de longa data, Tony Wilson, anunciou sua morte em um comunicado na terça-feira (27). A causa não foi divulgada.
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Do seu sucesso inicial no garage rock às suas inúmeras contribuições para álbuns ou turnês da realeza da música — Barbra Streisand, Cyndi Lauper e Peter Frampton o recrutaram — Derringer se apresentou a públicos de várias gerações.
Uma de suas colaborações mais conhecidas e duradouras foi com o Edgar Winter Group, para o qual produziu o sucesso instrumental "Frankenstein", lançado em 1972.
No início, Derringer era o guitarrista empresário de cabelos desgrenhados que liderava a banda McCoys, que chegou ao topo da parada de singles da Billboard em outubro de 1965 com sua cativante versão de "Hang On Sloopy".
A canção, sobre uma garota conhecida como Sloopy, tornou-se sinônimo da Universidade Estadual de Ohio, onde a banda marcial a tocou pela primeira vez durante um jogo de futebol americano dos Buckeyes em 1965.
Em 1985, a Assembleia Legislativa de Ohio a adotou como a canção oficial de rock do estado. Derringer, que tinha 17 anos quando alcançou o primeiro lugar na parada de singles da Billboard, nasceu em Celina, Ohio.
Os McCoys, com raízes em Ohio, não foram a primeira banda a gravar a canção. Ela evoluiu de uma versão anterior, chamada "My Girl Sloopy", gravada originalmente em 1964 pelo Vibrations, um grupo de rhythm and blues.
Em 1965, uma competição acirrada se desenrolou para ver qual banda conseguiria adaptar uma versão de rock 'n' roll, o que levou a várias delas, sendo a interpretação dos McCoys a mais bem-sucedida.
Em 1973, Derringer fez sua estreia solo. Alguns anos antes, ele havia escrito a música perfeita para inaugurar o próximo ato de sua carreira: "Rock and Roll, Hoochie Koo".
Com seu refrão emocionante e riffs de guitarra agressivos, a música mesclava sexo e rock 'n' roll, consolidando seu lugar na cultura pop.
Fez parte da trilha sonora de "Jovens, Loucos e Rebeldes", o filme cult de 1993, e esteve na quarta temporada da série "Stranger Things", da Netflix, em 2022.
Sua versão solo da música alcançou mais sucesso do que a gravada inicialmente em 1970 pelo cantor Johnny Winter e sua banda, que incluía Derringer.
Na década de 1980, Derringer continuou a se destacar com uma série de colaborações, misturando o mainstream com o não convencional.
Ele produziu vários álbuns para o comediante Weird Al Yankovic, incluindo uma das paródias mais conhecidas do cantor, "Eat It", que zombava do sucesso de Michael Jackson, "Beat It", e ganhou um Grammy.
Derringer também se uniu ao lutador Hulk Hogan, compondo música e letra de sua canção-tema "Real American".
No início da década de 2010, ele apareceu em turnê com o ex-Beatle Ringo Starr e sua banda — com agem pelo Brasil.
Derringer nasceu em 5 de agosto de 1947 como Richard Zehringer antes de mudar seu nome. Informações sobre sobreviventes não estavam imediatamente disponíveis na terça-feira.
Nas últimas décadas, Derringer trabalhou como corretor imobiliário na Flórida, onde morava, informou o The Sarasota Herald-Tribune.
Ele também chamou a atenção por seu apoio ao presidente Donald Trump, que ele reforçou durante uma aparição em 2017 com Roger Stone, antigo aliado de Trump, em um podcast do Infowars. O site, frequentado por apoiadores de extrema direita do presidente, tem sido usado para disseminar teorias da conspiração.
No programa, Derringer disse que vários políticos usaram sua música "Real American" ao longo dos anos, incluindo Trump e o ex-presidente Barack Obama, que, segundo ele, a tocou de brincadeira no jantar da Associação de Correspondentes da Casa Branca em 2011.
No evento, a música foi tocada quando Obama mostrou uma cópia de sua certidão de nascimento afirmando que ele nasceu nos Estados Unidos, refutando as teorias da conspiração promovidas por seu sucessor de que ele não nasceu.
Quando um dos associados de Derringer perguntou se ele poderia enviar uma conta a Obama pelo uso da música, ele disse que sim.