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TELEVISÃO

Reprise da novela ''Além do Tempo'' gera onda de tributos à Flora Diegues que morreu aos 34 anos

Filha do cineasta Cacá Diegues, a atriz interpretou a personagem Bianca na trama espírita de autoria da novelista Elizabeth Jhin

Originalmente exibida na TV Globo há uma década, a novela "Além do Tempo" (2015) acaba de voltar à televisão, desta vez no canal Globoplay Novelas, que substitui o antigo Canal Viva. Em reprise especial desde a última segunda-feira (9), a trama espírita de Elizabeth Jhin vem gerando uma onda de homenagens e tributos nas redes sociais para Flora Diegues, atriz que integrou o elenco da produção e que morreu, aos 34 anos, em 2019, em decorrência de um câncer no cérebro.

No X, espectadores da novela compartilharam imagens da artista caracterizada como a personagem Bianca, sobrinha mais velha de Massimo (Luís Melo) que se envolve com Pérsio (Wagner Santisteban). "A saudosa Flora Diegues", comentou um usuário do microblog. "Saudade da Flora Diegues", escreveu outra pessoa. "Uma das coisas legais com a reprise de 'Além do tempo' no Globoplay Novelas é poder rever a Flora Diegues, que nos deixou tão jovem", destacou mais um internauta.

Filha do cineasta Cacá Diegues e da produtora Renata Almeida Magalhães, Flora Diegues começou a carreira de atriz ainda adolescente, no filme "Tieta do Agreste" (1996), dirigido pelo pai, com quem também travou uma parceria profícua no longa "O Grande Circo Místico" (2017).

No teatro, trabalhou com Domingos Oliveira, na peça "Os melhores anos de nossas vidas" (2000), e também atuou na montagem de "O Auto da Compadecida" de Leonardo Brício e Pedro Kosovski. Na televisão, ela estreou em 2014, como uma das protagonistas da série de humor “Só garotas”, exibida no Multishow. Esteve também no elenco da novela "Deus salve o Rei" (2018).

Após a perda de quem considerava o seu "ser humano predileto", Cacá Diegues — que morreu aos 84 anos, em fevereiro de 2025 — permaneceu alguns anos "sem conseguir fazer mais nada", como discorreu num dos textos publicados na coluna semanal que assinava no GLOBO.

"Flora era meu ser humano predileto, a pessoa que eu mais amava neste planeta e com quem conversava durante dias seguidos sobre arte, política, o cinema e a vida. Ela estudou cinema na PUC, mas queria mesmo era ser atriz e foi uma ótima atriz, enquanto pôde. Depois de 'O Grande Circo Místico', meu projeto era fazer um filme com ela e Betty Faria, chamado 'A dama', sobre duas gerações políticas tão diferentes. Eu estava preparando essa produção quando ela ficou doente. Não fui capaz de fazer o filme com outra atriz, joguei fora o roteiro", escreveu Cacá Diegues, num de seus textos publicados no GLOBO, em 2021.

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