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ÍCONE

Documentário "Rita Lee: Mania de Você", da Max, revela a artista na intimidade

Filme estreia na plataforma de streaming nesta quinta-feira (8), quando a morte de Rita Lee completa dois anos

Jogando luz no lado mais íntimo de um grande ícone da música brasileira, o documentário “Rita Lee: Mania de Você” chega ao streaming nesta quinta-feira (8), pela Max. A escolha da data de estreia não é aleatória, já que ela marca os dois anos da partida da artista, que morreu aos 75 anos, após lutar contra um câncer de pulmão.

Dirigido pelo argentino Guido Goldberg, o filme eia por momentos significativos da vida da eterna rainha do rock, exibindo um vasto material de arquivo e novos depoimentos de pessoas próximas a ela. O tom de homenagem e celebração ao legado deixado pela roqueira dá o tom da obra.

O ponto de partida da narrativa é a primeira leitura de uma carta de despedida deixada por Rita Lee para seus três filhos e seu marido e parceiro musical, Roberto de Carvalho. Curiosamente, o documentário começou a ser filmado poucas semanas antes da morte da cantora. Por esse detalhe, o projeto conseguiu capturar alguns dos últimos dias de vida dela.
 

“A morte não é um castigo. A morte é voltar para casa”, diz Rita em um momento de leve melhora no seu quadro de saúde. Embora o tema esteja presente no filme, não é ele o fio condutor da produção, que busca mostrar as diferentes nuances da artista, desde o afeto compartilhado em família até sua veia transgressora, sem esconder os momentos de queda.

Os erros e excessos cometidos por Rita, bem como os momentos mais difíceis de sua vida, estão todos expostos no longa-metragem. Os problemas da cantora com as drogas, por exemplo, são relatados quando o filme fala da primeira overdose por cocaína ou do período em que ela precisou ficar internada em uma clínica de reabilitação.

Enquanto fala de uma das mais importantes cantoras do Brasil, o documentário também retrata um pouco da história nacional. Primeira mulher a liderar uma banda de rock no País, ela também foi uma das compositoras mais censuradas na ditadura militar, que a considerava uma "mulher perigosa para os bons costumes", por conta de suas letras que falavam abertamente sobre sexo e prazer feminino. Chegou a ser presa, em 1976, grávida de Beto, seu primeiro filho.

Ney Matogrosso aponta Rita como “um exemplo de liberdade” dentro de um país “que agora está mais careta que antes”. Além dele, Gilberto Gil também dá seu depoimento, assim como antigos companheiros da banda Tutti Frutti, familiares e o biógrafo da cantora, Guilherme Samora.

Mais um documentário
Além de “Rita Lee: Mania de Você”, outra homenagem à cantora está para estrear nas telas ainda no mês de maio. O documentário “Ritas” chegará aos cinemas brasileiros no dia 22 de maio. Embora tenha nascido em 31 de dezembro, a cantora escolheu a data - que celebra Santa Rita de Cássia no calendário católico - para ser seu “novo aniversário”. Em 2024, a cidade de São Paulo ou a reconhecer a data como o Dia de Rita Lee.

“Ritas” tem direção de Oswaldo Santana e codireção de Karen Harley. Com imagens de arquivo e narração da própria Rita, o longa entrega aos fãs uma última entrevista inédita feita para o filme.

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