EUA cortam 'taxa da blusinha' à metade e aliviam comércio com a China
Tarifa sobre pequenos pacotes cai de 120% para 54%, favorecendo plataformas como Shein e Temu
Em meio à trégua temporária na guerra comercial com a China, os Estados Unidos anunciaram a redução da chamada "taxa da blusinha" tarifa que incide sobre pequenos pacotes antes isentos de impostos de 120% para 54%. A medida, que parte de um acordo mais amplo firmado em Genebra, deve trazer alívio imediato a consumidores e varejistas de e-commerce, como Shein e Temu.
As taxas serão reduzidas para itens avaliados em até US$ 800 (cerca de R$ 4.540) enviados da China por serviços postais, com uma taxa fixa de US$ 100, a partir de 14 de maio.
Esses itens eram isentos até o dia 2 de maio deste ano quando os EUA aram impor a taxa de 90% sobre eles, um aumento em relação ao plano anterior de aplicar uma tarifa de 30%.
A demanda por muitos produtos chineses disparou em plataformas como Temu e Shein antes da entrada em vigor das tarifas. Depois, as vendas nessas plataformas despencaram.
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Mesmo com o impacto econômico já sendo sentido, o presidente Xi Jinping viu um aumento do nacionalismo na China, o que o encorajou a não ceder às pressões dos EUA. Ao mesmo tempo, Trump enfrentava pressões crescentes de grupos empresariais, investidores e membros de seu próprio partido.
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O acordo entre EUA e China anunciado nesta segunda representou alívio para os exportadores chineses que estavam em um limbo desde o início da guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. Além da redução na 'taxa da blusinha", as tarifas de 145% impostas pelo governo Trump à maioria das importações chinesas serão reduzidas para 30% a partir de 14 de maio.
Já a tarifa retaliatória de 125% da China sobre produtos americanos cairá para 10% durante um período de trégua de 90 dias, como informaram Pequim e Washington na segunda-feira, após as negociações realizadas em Genebra.