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MINISTÉRIO DA FAZENDA

Governo eleva projeção do PIB neste ano para 2,4% e prevê inflação de 5%, acima do teto da meta

Alta na agropecuária impulsiona economia no início do ano

O Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção de crescimento da economia brasileira em 2025, ando de 2,3% para 2,4%, segundo o Boletim Macrofiscal divulgado nesta segunda-feira. A expectativa é que o desempenho mais forte da agropecuária, especialmente no primeiro trimestre, compense os efeitos de uma política monetária ainda contracionista e um ambiente internacional mais incerto.

A estimativa para a inflação, no entanto, também subiu, o IPCA deve encerrar 2025 em 5%, acima do teto da meta do Conselho Monetária Nacional, que é de 4,5%. A projeção anterior era de 4,9%.

A alta na inflação nos primeiros meses do ano — puxada por serviços, bens industriais e alimentos — levou à revisão da projeção para o IPCA em 2025. O governo espera que a trajetória de desaceleração comece a se firmar apenas a partir de setembro, com contribuição da valorização do real e da safra agrícola.

Os preços dos alimentos subiram de 7,1% em fevereiro para 7,9% em abril, com destaque para altas no café, leite e tomate. Por outro lado, arroz, feijão e óleo de soja tiveram queda no acumulado do ano.

Agro puxa o PIB no início do ano
A estimativa do governo é de que o PIB brasileiro tenha crescido 1,6% no primeiro trimestre, impulsionado por uma alta de 12,8% no setor agropecuário. Para o ano, o segmento deve crescer 6,3%. A indústria e os serviços devem avançar 2,2% e 2% respectivamente.

O cenário, porém, é de moderação ao longo do ano. O boletim destaca que o consumo das famílias e os investimentos tendem a perder o fôlego nos próximos meses, enquanto a absorção doméstica deve desacelerar. Em contrapartida, a contribuição do setor externo para o crescimento deve aumentar.

Melhora nas contas públicas
O boletim também destaca a melhora das expectativas fiscais. A projeção do mercado para o déficit primário de 2025 caiu para R$ 72,7 bilhões, a menor desde outubro de 2023. Em janeiro, a estimativa era de R$ 84,3 bilhões.

A dívida bruta do governo deve atingir 80,3% do PIB em 2025, abaixo dos 80,7% estimados anteriormente. A arrecadação federal também segue em trajetória de

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