Gripe aviária: Coreia do Sul suspende importação de frango brasileiro
Ao todo, cinco países e a União Europeia, com 27 membros, barraram as importações de produtos avícolas
A Coreia do Sul é o mais novo país a suspender as importações de frango do Brasil após a confirmação do caso de gripe aviária em uma granja de Montenegro, município localizado a 60 quilômetros da capital do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Agora, sobe para 32 o número de países que anunciaram o bloqueio da compra de avícolas brasileiros: México, Argentina, Uruguai, Chile, China e a União Europeia, bloco que reúne 27 países.
Segundo o jornal Korea Times, todas as importações de produtos avícolas brasileiros, como ovos férteis e até mesmo pintinhos, foram suspensas para embarques com data a partir de 15 de maio (sexta-feira), informou o ministério da Agricultura de Seul.
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As cargas que saíram do Brasil até 14 dias antes da entrada em vigor da proibição arão por testes na chegada ao país.
Ainda segundo o jornal, há 37 embarques, totalizando 844 toneladas de carne de frango brasileira, aguardando liberação nos portos do país. Segundo o ministério, considerando o período de envio e o tempo de incubação do vírus, não há preocupação imediata com contaminação, e os produtos arão pelos procedimentos regulares de quarentena.
Primeiro caso em granja comercial
Autoridades do Ministério da Agricultura e do Rio Grande do Sul iniciaram ainda na sexta-feira um plano de isolamento do foco e de contenção do vírus. Foram instaladas sete barreiras de desinfecção de veículos em estradas da região do Vale do Caí, onde fica Montenegro e que abriga mais de 500 granjas.
O governo federal declarou emergência zoossanitária no município, com um cinturão de até 10 quilômetros em torno da granja afetada. O estabelecimento sacrificou cerca de 17 mil animais, que foram enterrados ontem por agentes com roupas de proteção. A granja é matrizeira, produz ovos para gerar outras aves, não para consumo humano.
Ontem, o Ministério da Agricultura informou que os ovos eram destinados a incubatórios de Rio Grande do Sul, Minas e Paraná. Os receptores foram rastreados e orientados a destruir os ovos, ainda que não haja comprovação de que estão contaminados pelo vírus da gripe aviária.