Haddad: até o bolsonarismo no Congresso votou lei da reciprocidade para dizer que há limites
O ministro reiterou que não faz sentido econômico para os EUA taxar economias com quem o país tem superávit na balança de comércio e serviços, caso do Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (12) que o Brasil se pauta pelo equilíbrio nas negociações com os Estados Unidos, mas que tem à disposição uma lei de reciprocidade, cuja aprovação no Congresso, ressaltou, teve o apoio da oposição.
"É curioso, mas até o bolsonarismo, no Congresso, votou a lei da reciprocidade querendo dizer o seguinte: 'olha, tem limite no que podem fazer'", declarou Haddad em entrevista ao UOL.
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Durante a entrevista, o ministro reiterou que não faz sentido econômico para os EUA taxar economias com quem o país tem superávit na balança de comércio e serviços, caso do Brasil. "Se fosse seguir a lógica dos Estados Unidos, deveria ser o contrário, nós deveríamos estar tomando providências. Então, nós estamos buscando um equilíbrio", assinalou Haddad.
Segundo o ministro da Fazenda, um balanço das negociações com o governo Trump será feito com a volta do presidente Lula da viagem ao exterior. "O presidente voltando, nós vamos poder fazer um balanço dessas interlocuções todas, e vamos poder tomar decisões", disse Haddad ao UOL.