Pausa em tarifas recíprocas de Trump ainda é má notícia, afirma dirigente do BCE
"Imprevisibilidade é sempre a inimiga da confiança e do crescimento", pontuou o dirigente do Banco Central Europeu
Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da França, François Villeroy de Galhau afirmou que a pausa nas tarifas recíprocas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, ainda é "má notícia" para a Europa, em entrevista ao Inter nesta quinta-feira (10). O dirigente argumentou que a decisão reforça a imprevisibilidade e o protecionismo por trás das novas políticas comerciais americanas.
Leia também
• Doncic chora em 1º jogo contra os Mavericks fora e marca 45 pontos em vitória dos Lakers
• Senadores pedem investigação de Trump por alta das Bolsas após pausa em tarifas
• Brasil volta a exigir visto para turistas de Estados Unidos, Canadá e Austrália
"Imprevisibilidade é sempre a inimiga da confiança e do crescimento", pontuou, acrescentando que isso também pode minar o papel do dólar. "E o protecionismo aumenta barreiras para entrar no mercado americano. Isso é contra os interesses dos EUA e aumentará preços no país. Consumidores americanos pagarão a conta e o crescimento será negativamente afetado."
Por outro lado, Villeroy de Galhau reconheceu como positivo o espaço aberto para negociações nos próximos três meses, classificando como um "bom acontecimento" a calma e união das autoridades europeias ao preparar respostas para as tarifas.
O dirigente evitou comentar sobre implicações para a política monetária do BCE, em respeito ao período de silêncio que teve início nesta manhã e dura até a decisão de juros na próxima quinta-feira.