Presidente da Petrobras diz que é hora de apertar os cintos e de controle de custos
Magda Chambriard participa de teleconferência com a analistas após divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2025
Magda Chambriard, presidente da Petrobras, disse na manhã desta terça-feira em teleconferência com analistas que é "hora de apertar os cintos".
Ontem, a Petrobras anunciou lucro líquido de R$ 35,209 bilhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado foi 48,6% maior que os R$ 23,7 bilhões obtidos no mesmo período de 2024. A estatal também informou que vai pagar R$ 11,72 bilhões em dividendos relativos ao primeiro trimestre de 2025.
— Quando o preço desce, é hora de apertar os cintos. Fiquem tranquilos. Estamos endereçando a redução de custos em prol de um cenário desafiador.
Leia também
• Petrobras registra lucro líquido de R$ 35,2 bi no 1º trimestre, alta de 48,6% em um ano
• Petrobras fecha com Portobello 1º contrato para fornecer gás natural à indústria de cerâmica
• Petrobras retoma perfuração de poços na Bahia
Em mensagem destinada aos investidores, Magda lembrou que o momento é de austeridade:
— Nossos resultados são impactados pelo câmbio e pelo petróleo. São variáveis que não temos como controlar. Este momento é de austeridade e controle geral de custos. Temos que continuar a fazer o que fazemos bem, que é explorar e produzir petróleo e derivados, e comercializar com a melhor margem de lucro possível. Precisamos fazer isso, e este momento nos leva a fazê-lo com disciplina de capital, buscando grande redução de custos, com a maior redução de custos possível.
No primeiro trimestre deste ano, o total de custos da estatal chegou a R$ 62,432 bilhões, uma alta de 9,5% em relação ao início do ano ado.
Gerar valor para o acionista
No mesmo período, a estatal destacou a queda de 9,1% no preço do petróleo tipo Brent em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. Na mesma base de comparação, o dólar teve alta de 18%.
— O Brent baixo nos impõe desafios adicionais em nosso plano de negócios, considerando a necessidade de vencer os austeros desafios que a redução do preço nos impõe. Vamos fazer isso com redução de custos e disciplina de capital. Isso é parte dos nossos valores. E é por isso que vamos continuar focando em projetos de maior financiabilidade e gerar valor para nossos acionistas, tanto privados quanto governamentais. Vamos seguir com gastos em linha com o patamar de preços.
Magda disse que ainda não há futuro para uma empresa de petróleo sem agregar reservas. Ela voltou a citar a Margem Equatorial.
— Vamos seguir em frente, trabalhando para mostrar que temos ganhos ao explorar a Margem Equatorial — disse ela, destacando que pretende iniciar e antecipar a produção do bloco de Aram. — Mas temos ainda oportunidades, seja na costa leste ou na Margem Equatorial. Temos ainda Pelotas.
Destacou que tem 50 poços exploratórios para perfurar nos próximos cinco anos:
— Uma companhia de petróleo não tem futuro sem exploração. Queremos uma Petrobras forte e longeva. Buscamos novas reservas ao mesmo tempo em que desenvolvemos nossos campos.