Tebet vê janela para 'apertar os cintos' nas contas públicas após eleições
Para ministra, ajustes fiscais são necessários mas não é preciso alterar arcabouço para isso
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou nesta quinta-feira que o Brasil pode ter uma “janela” de oportunidade para discutir medidas mais duras de ajuste fiscal após as eleições de 2026.
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Ela defendeu a ideia de uma “PEC do apertar os cintos” para rever despesas e organizar as contas, sem precisar mudar o atual arcabouço fiscal.
— Temos uma janela que é após eleição, seja qual for o próximo presidente da república, uma janela de oportunidade da PEC do apertar os cintos. Nós não precisamos mudar o arcabouço, precisamos estabelecer certos parâmetros — disse a ministra em entrevista à CNN Brasil.
Para ela, os ajustes serão necessários, mas o momento mais viável para isso seria após as eleições de 2026.
— O Congresso não costuma aprovar reformas em ano eleitoral — afirmou
Tebet explicou que as despesas obrigatórias, como aposentadores e precatórios, estão crescendo rápido e vão deixar pouco espaço para investimentos.
Ela também defendeu o Bolsa Família, destacando sua importância econômica e social, mas reconheceu que o programa precisa de melhorias.
Ao comentar sobre os desafios da política fiscal, a ministra apontou que o governo tentou medidas mais restritivas, mas esbarrou na resistência do Congresso.
Ainda assim, ela ressaltou que o Executivo segue empenhado na revisão de gastos e na criação de condições para cumprir promessas de campanha, como a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.