UE e Emirados Árabes Unidos iniciam negociações para acordo bilateral de livre comércio
As conversas buscarão fomentar setores estratégicos, como energia renovável, hidrogênio verde e matérias-primas críticas, essenciais para a transformação econômica verde e digital
A União Europeia (UE) e os Emirados Árabes Unidos (EAU) iniciaram oficialmente negociações para um acordo bilateral de livre comércio, potencialmente o primeiro pacto comercial abrangente da UE na região do Golfo.
Um comunicado da UE afirma que as primeiras rodadas de negociação terão como foco a redução de tarifas sobre bens, além da facilitação do comércio de serviços, comércio digital e fluxos de investimento.
As conversas também buscarão fomentar o comércio em setores estratégicos, como energia renovável, hidrogênio verde e matérias-primas críticas, essenciais para a transformação econômica verde e digital da UE e dos Emirados, além de reforçar a segurança econômica de forma ampla.
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que o acordo contribuirá para "fortalecer os laços entre a UE e a região do Golfo, oferecendo novas oportunidades para empresas europeias e reforçando nossa parceria em áreas importantes para os cidadãos europeus, como energia renovável e tecnologias digitais".
Na terça-feira, em Dubai, o comissário europeu para Comércio, Maros Sefcovic, e o ministro emirati Thani bin Ahmed Al Zeyoudi reafirmaram a ambição de fechar "um acordo comercialmente benéfico" e estabeleceram um cronograma, com os trabalhos substantivos previstos para começar já em junho.
Segundo Sefcovic, o acordo bilateral "liberará enormes oportunidades para empresas europeias e dos EAU, trazendo benefícios concretos e duradouros, junto com a previsibilidade tão essencial para qualquer negócio bem-sucedido".
De acordo com o comunicado, o comércio de bens entre UE e EAU soma 55 bilhões de euros por ano. Entre os principais produtos exportados dos Emirados para a UE estão petróleo, gás e metais básicos, enquanto a UE exporta automóveis, máquinas, produtos químicos, alimentos e tecnologias verdes. Atualmente, as tarifas dos Emirados são mais elevadas para tabaco, vinhos, bebidas alcoólicas e itens para confeitaria, destaca o texto.