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TÊNIS

Febre João Fonseca ganha as arquibancadas de Roland Garros; brasileiro joga nesta quinta (29)

Em quadra um pouco maior à da estreia, tenista enfrenta o francês Pierre-Hugues Herbert em seu segundo jogo no saibro francês

A febre João Fonseca chegou à Europa. E esquentará ainda mais nesta quinta-feira. O brasileiro enfrenta o francês Pierre-Hugues Herbert pela segunda rodada de Roland Garros, não antes das 9h de Brasília. Espera-se, novamente, quadra lotada e torcedores procurando frestas no complexo francês para ver o jovem de 18 anos. Desta vez será a 14, com 2.200 lugares — a estreia diante do polonês Hubert Hurkacz foi diante de 1.500 espectadores.

Os primeiros sintomas da nova febre do tênis mundial surgiram em janeiro deste ano após a surpreendente vitória sobre o Top-10 Andrey Rublev, no Australian Open, primeiro Grand Slam disputado pelo jovem tenista. ou pela América do Sul no mês seguinte, quando ganhou o primeiro título de ATP no 250 de Buenos Aires. Em sua cidade natal, no Rio Open, como era esperado, viveu seu ápice, apesar da queda precoce no torneio. As quadras de Miami foram inundadas por brasileiros para ver o novo xodó do esporte do país.

 

Agora, as arquibancadas do saibro francês ficaram pequenas para assistir ao vigoroso jogo do brasileiro, que tem encantado e surpreendido os especialistas. Mesmo sem ter um título de grande expressão ou fases finais dos principais torneios, João Fonseca já se coloca como um dos grandes nomes do tênis contemporâneo.

— O que mais vou me lembrar desse jogo é o buzz em torno dele. As filas da quadra 7 estavam tão grandes que não sabíamos onde terminava. Era um enxame de pessoas tentando chegar aos seus lugares. As pessoas que compraram a sessão noturna da Chatrier (quadra central de Roland Garros) subiram na parte mais alta para ver o jogo da quadra 7. É como se todo mundo tivesse contraído a febre Fonseca. É absolutamente fascinante fazer parte disso — disse o jornalista Matt Roberts, no podcast inglês The Tennis Podcast.

A pouca idade e os poucos feitos não diminuem o fascínio que João Fonseca tem gerado por onde a. Sejam fãs, jornalistas e grandes marcas, todos veem o potencial do tenista. Ainda fora do Top-50 — pode se aproximar com uma vitória nesta quinta-feira —, ele assume lugares que poderiam caber a outros jovens promissores que estão a sua frente no ranking mundial.

No início do mês, por exemplo, foi convocado por Andre Agassi para fazer parte do Time Mundo da Laver Cup, cuja edição será realizada entre os dias 19 a 21 de setembro, em São Francisco, nos Estados Unidos. O torneio coloca frente a frente tenistas europeus e dos demais continentes.

Alguns fatores pesaram na escolha do jovem carioca. Mesmo sem estar no topo do ranking, ele já conta com parcerias de grandes marcas e organizações: João é embaixador da Rolex, relógio oficial dos quatro torneios de Grand Slam. Além disso, o Time Mundo não conta com tantas opções de jogadores — dos 20 melhores do mundo, 14 são europeus.

— A quadra 7 ficou pequena demais para a popularidade e seguidores do Fonseca. Ele está no caminho certo. O título está chegando — disse o jornalista David Law, que trabalha no circuito há mais de 20 anos e se mostra um dos mais entusiastas do jovem brasileiro.

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