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a do prédio que desabou em Jaboatão fala em "livramento": "Estava no portão no momento"

Edifício Kátia Melo desabou na manhã desta terça-feira (6)

O Edifício Kátia Melo, em Piedade, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife, desabou na manhã desta terça-feira (6). A a do prédio, Silvia Maria, estava presente no local na hora em que a estrutura foi ao chão e relatou que, por pouco, não houve uma tragédia.

"Estive aqui (pela manhã) e, a Defesa Civil já estava no local, vi uma rachadura que não tinha. Mas, como estávamos liberados para retirar algumas coisas, eu tomei o cuidado de tirar as câmeras, tirando mais algumas coisas com meu funcionário e observando o prédio", iniciou. 

"Até então, não tinham estalos. Observei a caixa de esgoto, não tinha infiltração e saí. Nesse momento, ouvi um barulho, mas não tinha mais ninguém retirando nada. Quando eu encostei no portão, houve o desabamento. Foi tudo em menos de três minutos", relatou. 

Segundo a a, quatro pessoas sobreviveram porque o prédio caiu verticalmente, sem ceder para os lados. 

"Se ele tivesse caído para o lado da rua, teriam morrido quatro pessoas", disse Silvia.

O prédio foi interditado no último domingo (4), e os moradores desocuparam o local por conta própria. 

"Fiquei com o coração aliviado porque tinha certeza que não tinha ninguém no condomínio, a última pessoa a sair fui eu, me deu aquele alívio, porque fazia 20 minutos que o último morador tinha retirado as coisas", disse Silvia. 

Segundo apuração da reportagem, dos 16 apartamentos, apenas uma moradora, do terceiro andar, não retirou as coisas porque estava viajando. A estimativa é de que um pouco mais de 30 pessoas residiam no local. 

Além da área do prédio, há, ainda, uma casa e uma peixaria interditados. 

Mais retiradas 
Os moradores receberam a autorização para retirar portões e grades do prédio. Segunda a síndica, eles planejam vender as estruturas para poder arrecadar fundos para os próximos trâmites. 

Tapumes devem ser instalados ao redor do prédio para evitar possíveis saques e invasões. 

Segundo o condomínio, a Defesa Civil deu o prazo de 24 horas para a contratação de uma empresa de engenharia para estabelecer um laudo para retirada do resto da estrutura e escombros. Os condôminos são os responsáveis por toda a retirada.

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