Air India tem mais de 10 mil funcionários, 127 aviões e integra a rede global de companhias aéreas
Companhia oferece, além da operação de voos comerciais, e técnico especializado a equipamentos aeronáuticos e serviços
A Air India — companhia aérea responsável pelo avião que caiu logo após decolar e causou a morte de mais de 290 pessoas em Ahmedabad, no estado de Gujarat, no oeste da Índia — se consolidou ao longo de décadas como um dos pilares da aviação civil no país asiático e uma das principais empresas do setor aéreo internacional.
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Hoje com 10.887 funcionários, a empresa foi fundada com um papel pioneiro na aviação indiana e ultraa os limites do transporte aéreo, sendo responsável, também, por importantes contribuições à infraestrutura aeronáutica do país. Desde julho de 2014, a Air India integra a Star Alliance, maior aliança global de companhias aéreas, e sua receita anual é de US$ 3,2 bilhões.
Ao longo de sua trajetória, a companhia construiu uma sólida estrutura própria. A companhia oferece, além da operação de voos comerciais, e técnico especializado a equipamentos aeronáuticos e serviços de "handling" — como assistência de bagagem e apoio em solo — para outras empresas aéreas em várias cidades indianas.
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No cenário global, a Air India alcançou status de mega companhia internacional, com uma malha que cobre 35 destinos no exterior, incluindo Estados Unidos, Canadá, Europa, Sudeste Asiático, Extremo Oriente e Golfo Pérsico. No território indiano, a empresa conecta 63 cidades.
Atualmente, a empresa tem 127 aeronaves em operação, e a frota da companhia inclui modelos modernos e variados, como Boeing 777, 747, 787 Dreamliner, Airbus A330, A321, A320 e A319, além de jatos regionais CRJ e turboélices ATR.
O programa de fidelidade da Air India, Flying Returns, atingiu a marca de 1 milhão de membros em 2012 e é parte importante da estratégia de relacionamento com clientes frequentes. A qualidade dos serviços prestados rendeu à empresa diversos prêmios, entre eles o Best Performing Airline, da Travel Port Singapore, e o título de marca mais confiável da aviação indiana, conferido pelo Economic Times Brand Equity. Em 2003, tornou-se a primeira companhia aérea do país aprovada na auditoria de segurança IOSA, da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA).
O acidente
O voo AI171, operado por um Boeing 787-8 Dreamliner, perdeu altitude pouco depois de sair da pista, o que resultou em sua queda nas proximidades do terminal, colidindo diretamente com ao menos um prédio nesta quinta-feira.
De acordo com informações oficiais, 242 pessoas estavam a bordo do voo que tinha Londres como destino, sendo 230 ageiros e 12 tripulantes. Segundo o comissário de polícia de Ahmedabad, G.S. Malik, 204 corpos foram recuperados no local, incluindo do avião e da área atingida no impacto, e 41 pessoas foram levadas a hospitais para atendimento médico emergencial. Há ao menos um sobrevivente da queda do avião, de acordo com autoridades sanitárias do estado.
O Boeing 787-8 Dreamliner caiu em uma área residencial. No local, um jornalista da AFP viu bombeiros tentando apagar os destroços do avião, enquanto várias pessoas removiam os corpos do local. Entre os ageiros, havia 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense.
O Boeing 787 Dreamliner da Air India emitiu um sinal de socorro ("Mayday") à torre de controle aéreo (ATC) e "caiu logo após a decolagem em Ahmedabad" às 13h39, no horário local (5h09 no horário de Brasília), informou a agência de aviação. Após o chamado inicial, porém, os co
troladores não conseguiram mais estabelecer contato com a aeronave, que não respondeu às comunicações subsequentes do ATC.
O avião caiu entre um hospital público e o bairro de Ghoda Camp. O prédio mais atingido pelo choque foi tomado pelas chamas devido à colisão da aeronave. Imagens mostram correria no local com equipes de resgate e bombeiros tentando controlar o fogo, enquanto ajudam vítimas. Além disso, a população também está ao redor do local do acidente prestando auxílio. Segundo o Times of India, um policial afirmou que a construção era um alojamento de médicos.