Brasil cai 21 posições no ranking do IDH quando se considera a desigualdade
País 'perde' 24% da sua nota ao se ajustar a qualidade de vida pela disparidade no o à saúde, educação e renda
O Brasil é um dos países mais desiguais entre os que têm alto desenvolvimento humano no ranking do IDH da Pnud. O país, que viu seu desempenho melhorar em 2023 no indicador global, puxado principalmente pelos ganhos de renda, mas também de saúde, tem um desempenho bem pior quando se ajusta o IDH pela desigualdade da população.
Segundo o relatório do Pnud divulgado nesta terça-feira, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil fica 24% menor e o país desaba 21 posições no ranking quando os dados consideram as disparidades no o à saúde, educação e renda das diferentes classes sociais do país.
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Entre os 50 países que integram o grupo de alto desenvolvimento humano, o resultado do Brasil ao se ajustar o IDH pela desigualdade só não é pior do que África do Sul e Botsuana. E é bem similar ao da Colômbia, país que “perde” também 24% de sua nota no IDH e que vê sua posição no ranking recuar em 24 degraus ao ajustar os dados pela desigualdade.
No Brasil, o 1% mais rico da população detém 21,1% da renda nacional, mostra o relatório do Pnud. Para termos de comparação, na Islândia, país com maior IDH do mundo, o topo da pirâmide tem apenas 8% da renda nacional.