Estudante da UFPE é premiada pela Apple em desafio global de tecnologia
Além de Marília Luz dos Santos, outros sete estudantes brasileiros particiaparão do WWDC 2025, conferência anual da Apple em Cupertino, na Califórnia
A estudante de Engenharia de Produção na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Marília Luz dos Santos, de 21 anos, foi premiada pela Apple no Swift Student Challenge.
O desafio global de tecnologia convida estudante de todo o mundo a dar vida às suas ideias por meio de aplicativos criados com o Swift, a linguagem de programação da Apple.
Marília está entre os oito estudantes brasileiros premiados no desafio [confira todos no final do texto]. O playground dela, que cresceu em Brasília e hoje estuda na UFPE, é o "Lila’s Street Soccer Guide".
A ideia do app é promover mais inclusão no mundo do futebol apresentando aos usuários os fundamentos das tradicionais brincadeiras de futebol de rua do Brasil por meio de um guia animado.
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Em entrevista ao site da Apple no Brasil, Marília contou que nem sempre se sentiu acolhida nos campos de futebol em Brasília
“Eu geralmente era a única menina jogando. Percebi que, quando eu tomava a iniciativa, outras meninas também se sentiam encorajadas a jogar. Aqueles momentos foram muito importantes para mim”, disse a jovem.
As ilustrações à mão do "Lila’s Street Soccer Guide" foram criadas por Marília no programa Procreate, usando iPad e Apple Pencil. Os elementos foram animados no SpriteKit, explorando gráficos 2D e física para dar vida ao mundo de Lila.
O resultado, ressalta a Apple, "é uma experiência narrativa que celebra comunidade, cultura e diversão".

Brasileiros vencedores
Marília e os outros sete estudantes brasileiros serão premiados pela Apple durante a sua conferência anual de desenvolvedores, a WWDC, que acontece em 9 de junho na sede da dona do iPhone, em Cupertino, na Califórnia.
Os vencedores são de diferentes partes do Brasil, como Rio de Janeiro, Recife, Manaus e São Paulo.
Conheça os demais vencedores
Nina Guelman, que ainda cursa o ensino fundamental, criou o aplicativo "Earthling", com foco em sustentabilidade. É um jogo que se a em Marte em 2498, após a Terra sofrer uma catástrofe ambiental. No game, as pessoas descobrem pequenas ações que podem fazer já em 2025 para causar um impacto real no futuro.
"Como não existe Planeta B, é fundamental que as pessoas conheçam os perigos do aquecimento global", diz Nina, lembrando que usou códigos para criar as animações.
Saúde feminina
Letícia Lima de Souza criou o app "PapCheck", voltado para a saúde reprodutiva feminina. No aplicativo, há a Mari, um avatar em formato de fada que dá dicas de saúde. O app conta com um software que armazena datas e resultados dos exames das usuárias.
"Notei que muitas mulheres ao meu redor ainda tinham dúvidas e inseguranças sobre o próprio corpo, o que muitas vezes as impedia de fazer exames de rotina", conta a estudante de Design da Universidade Federal do Amazonas, em Manaus.
ibilidade
No Rio, Felipe Mussi Ferreira Peixoto criou o "Braille with Zico", que ensina braile aos usuários, guiados por um mascote: um cachorro deficiente visual. No app, ele usou recursos de retorno auditivo e gestos de toque.
"A tecnologia inclusiva pode empoderar as pessoas de maneiras significativas".
Criação de código
Larissa Ayumi Okabayashi, da Universidade Estadual de Campinas, desenvolveu seu próprio aplicativo para ensinar os modelos de linguagem (LLMs), essenciais para permitir a criação de novas funções. Assim, o "Yume’s Spellbook" faz uma introdução à tecnologia por meio de uma interface lúdica e interativa em formato de livro:
"Meu objetivo com o Yume’s Spellbook é ajudar pessoas que não têm experiência em tecnologia a entender como os LLMs são construídos".
Thiago Parisotto Dias, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, venceu ao criar o app "Code the Beat" para ensinar conceitos de programação por meio da música.
"Espero que os usuários não apenas aprendam os fundamentos da programação, mas também se divirtam no processo", diz ele.
Carolina Quiterio, da Universidade Estadual de Campinas, criou o "Ada’s Graph", que ensina outras pessoas a programar usando um avatar chamado Ada, em homenagem a Ada Lovelace, uma das primeiras programadoras da história.
"Quis tornar esses conceitos mais visuais, mais intuitivos e menos intimidantes".
Teoria musical
João Pedro, das Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio, desenvolveu o "Fimbo Village", que ensina teoria musical por meio de jogos interativos para crianças.
"Como a teoria musical pode ser complexa, pensei: 'E se a gente simplificasse?'. Decidi focar no público infantil com uma abordagem divertida".