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Estados Unidos

EUA planejam ampliar sanções a empresas de tecnologia da China com repressão a subsidiárias

Objetivo do governo Trump é evitar que companhias chinesas contornem as restrições atuais

O governo Trump planeja ampliar as restrições ao setor de tecnologia da China com novas regulamentações sobre subsidiárias que não estão sob restrições americanas mas são majoritariamente controladas por grupos chineses.

A medida corre o risco de aprofundar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, especialmente depois que o presidente Donald Trump acusou a China de violar o espírito das negociações recentes em Genebra.

Os controles de exportação impostos por Washington para limitar o o da China a semicondutores avançados irritaram as autoridades chinesas, enquanto a repressão de Pequim às exportações de minerais essenciais gerou indignação entre as autoridades de Trump.

Algumas das maiores empresas chinesas de tecnologia, de design e fabricação de semicondutores, como a Huawei e a Yangtze Memory Technologies, já estão há alguns anos sob sanções americanas, como parte de uma campanha de longo alcance dos EUA para conter a ascensão tecnológica do rival geopolítico.

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O objetivo da nova política de Trump é evitar que empresas da China contornem as restrições através da criação de subsidiárias fora da China ou mesmo nos EUA.

A nova regulamentação das restrições e a lista de empresas atingidas poderá ser revelada já em junho. Entre outras empresas, o governo Trump avalia sancionar a Changxin Memory Technologies (CXMT) e impor restrições a negócios da Semiconductor Manufacturing International. As duas empresas não estão atualmente sujeitas aos controles dos EUA.

Em janeiro, descobriu-se que a CXMT havia avançado sua tecnologia de fabricação de chips mais rápido do que o previsto, apesar dos controles dos EUA sobre as exportações de tecnologia avançada para a China.

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Landon Heid, indicado pelo presidente Donald Trump para um cargo sênior no Departamento de Comércio, apresentou a ideia da nova regulamentação em sua sabatina no Congresso no início de abril. O Comitê de Relações Exteriores da Câmara também já recomendava a mudança de abordagem em um relatório de 2023, ainda no governo Biden, descrevendo o sistema atual como "ineficaz" e necessitando de reforma.

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