Ex-parlamentar da Ucrânia próximo à Rússia é morto a tiros perto de Madri
Portnov foi alvo de uma série de investigações em seu país, incluindo por corrupção e envolvimento com a anexação da Crimeia pela Rússia
O ex-parlamentar ucraniano Andriy Portnov, que foi assessor do ex-presidente Viktor Yanukovych, considerado um político pró-Rússia, foi morto a tiros nos arredores de Madri, segundo fontes policiais espanholas ouvidas por veículos de imprensa internacional.
Portnov foi alvo de uma série de investigações em seu país, incluindo por corrupção e envolvimento com a anexação da Crimeia pela Rússia — muitas das quais foram arquivadas.
O crime aconteceu por volta das 9h15 (6h15 em Brasília) na cidade de Pozuelo de Alarcón, na região de Madri. Fontes policiais que identificaram a vítima como Portnov disseram ao El País que ele estava prestes a entrar em um carro Mercedes quando foi surpreendido por dois ou três pessoas, que abriram fogo e dispararam cinco tiros. Ao menos três o atingiram na cabeça e um nas costas.
— A vítima foi baleada várias vezes ao entrar em um veículo. Várias pessoas atiraram nas costas e na cabeça dele e depois fugiram para uma área arborizada — disse uma fonte ouvida pela AFP.
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O caso aconteceu nos arredores da Escola Americana, mas funcionários não confirmaram se Portnov havia deixado algum aluno na escola. Os suspeitos fugiram por uma região de mata e ainda não foram encontrados. A polícia espanhola usa drones e um helicóptero na tentativa de localizar os assassinos.
A rede americana CNN recordou que o ex-político ucraniano foi sancionado pelos EUA em 2021 por corrupção e suborno no escopo da Lei Magnitsky — que bloqueia a entrada nos EUA e congela os bens de certos funcionários e empresários russos e pró-Rússia acusados de violações de direitos humanos. A acusação contra o ucraniano indicava que ele "de forma crível" usou sua influência para comprar os e decisões tribunais ucranianos.