Inteligência dos EUA rejeita teoria de Trump sobre venezuelanos deportados
O republicano usou uma controversa lei de guerra para deportar pessoas que alegou serem membros da gangue criminosa
As agências de inteligência dos Estados Unidos rejeitaram uma teoria usada pelo presidente estadunidense, Donald Trump, para justificar a deportação de mais de 200 venezuelanos para um presídio em El Salvador, segundo um memorando divulgado na segunda-feira (5).
O memorando do Conselho Nacional de Inteligência, datado de 7 de abril, mostra que as agências de inteligência dos EUA não acreditam nas alegações de Trump de que a gangue criminosa Tren de Aragua (TDA) está ligada ao governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
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Trump usou uma controversa lei de guerra — a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798 (AEA) — para deportar pessoas que alegou serem membros da TDA.
"Embora o ambiente permissivo da Venezuela permita que a TDA opere, o regime de Maduro provavelmente não tem uma política de cooperação com a TDA e não está direcionando seus movimentos ou operações nos Estados Unidos", afirma o memorando.
Após a divulgação do relatório, o Departamento de Justiça anunciou uma "investigação criminal relacionada ao vazamento direcionado de informações de inteligência imprecisas, mas confidenciais, da comunidade de inteligência sobre o Tren de Aragua (TDA)".