Itamaraty repudia assassinato de funcionários de Embaixada de Israel em Washington
Em nota, governo brasileiro condena o antissemitismo
O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota, nesta quinta-feira (22), repudiando, "com veemência", o assassinato na noite de ontem, em Washington, nos Estados Unidos, de dois jovens funcionários da embaixada de Israel naquela capital.
As vítimas tinham cidadania israelense, e o ataque a tiros ocorreu nas imediações do Capital Jewish Museum.
"Ao transmitir as condolências aos familiares das vítimas e ao povo israelense, o governo reitera sua firme condenação ao antissemitismo, ao extremismo e a crimes de ódio como o ocorrido na capital norte-americana", diz a nota.
Um homem de 30 anos foi preso logo após os disparos. Segundo a chefe da Polícia Metropolitana de Washington, Pamela Smith, ele gritou "Palestina livre" ao ser detido pelos policiais.
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O ataque ocorreu pouco depois das 21h (22h em Brasília) em uma rua em frente ao Museu Judaico da Capital. Naquele local, o Comitê Judaico Americano realizava uma recepção para jovens diplomatas.
Na última quarta-feira, o governo brasileiro condenou, "nos mais fortes termos", o lançamento de nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza. Em nota, o Itamaraty afirmou que a declaração do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que o país assumirá o controle da região, é incompatível com as noras de direito internacional.
"Ao deplorar a declaração do primeiro-ministro de Israel de que o país "assumirá o controle" de toda a Faixa de Gaza, o Brasil recorda que qualquer pretensão de exercer autoridade permanente em território ocupado é incompatível com as normas de direito internacional. O Brasil reafirma, ainda, que a única solução legítima e duradoura para o conflito reside na implementação definitiva da solução de dois Estados", destaca o comunicado.