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Estados Unidos

Justiça dos EUA ordena ao serviço de imigração libertar cientista russa de Harvard

Em 14 de maio, foram apresentadas acausações criminais contra Petrova

Uma juíza federal dos Estados Unidos determinou nesta quarta-feira (28) a liberdade condicional de uma cientista russa que trabalhava na Universidade de Harvard, que fugiu da Rússia por temor de perseguição política e era alvo de deportação pela istração de Donald Trump.

Kseniia Petrova, pesquisadora da Faculdade de Medicina de Harvard, foi presa por efetivos do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE, na sigla em inglês) em fevereiro no aeroporto de Boston, quando voltava de uma viagem a Paris. Foi acusada de não declarar as amostras biológicas que levava na bagagem.

As autoridades americanas lhe informaram que seu visto tinha sido revogado e que seria deportada para a Rússia. Posteriormente, ela foi transferida para um centro de detenção istrado pelo ICE no estado da Louisiana.

Christina Reiss, juíza federal do estado de Vermont, ordenou ao ICE a libertação da cientista antes de uma futura decisão de mérito sobre o seu visto.

Em 14 de maio, foram apresentadas acausações criminais contra Petrova por contrabando, que contempla uma pena máxima de 20 anos de prisão e uma multa de 250 mil dólares (R$ 1,42 milhão).

"Demonstramos na audiência que Kseniia não é um perigo para a sociedade, não representa um risco de fuga e não deve estar em um centro de detenção de imigrantes", declarou seu advogado, Greg Romanovsky, em comunicado, após a decisão judicial.

Agora, a cientista russa deve ser levada de volta a Boston para esperar por uma nova audiência sobre sua prisão, desta vez devido às acusações de contrabando.

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