Lula e Macron expõem visões sobre pressão a Putin por cessar-fogo na Ucrânia
Os dois falaram com a imprensa em Paris, após reunião, nesta quinta (5)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da França, Emmanuel Macron, expam visões diferentes sobre a forma de pressionar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a aceitar um cessar-fogo no local.
Apesar de tanto Lula, quanto Macron se posicionarem contra a guerra e concordarem que a Rússia iniciou o conflito, o presidente brasileiro foi menos enfático na cobrança a Putin. Os dois falaram com a imprensa em Paris, após uma reunião de Estado.
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Lula disse que "a posição do Brasil é conhecida pelo povo brasileiro e por Macron". Relatou que conversou com Putin e pediu que ele particie das negociações por um cessar-fogo pessoalmente em Istambul (Turquia). O presidente brasileiro foi à Rússia recentemente para a celebração da vitória contra os nazistas na Segunda Guerra Mundial. Lula, no entanto, disse respeitar a decisão de Putin de não seguir seu conselho.
"Eu disse a Putin que era importante que ele fosse a Istambul participar pessoalmente das negociações, que seria um sinal que ele faria ao mundo de que ele está interessado na construção da paz. Obviamente que respeito que o chefe de Estado toma a decisão a partir do seu governo, não a partir da minha sugestão", declarou.
O presidente brasileiro citou, ainda, um ataque promovido pela Ucrânia a um aeroporto na Rússia e a possibilidade de retaliação por parte do exército de Putin.
"Fiquei preocupado porque, na semana ada, quando se começa a discutir a paz, me parece que houve um ataque da Ucrânia em um aeroporto na Rússia. E agora estou lendo que o Trump publicou um tweet dizendo que conversou com Putin e que a conversa não foi muito boa e que (Rússia) vai retaliar a Ucrânia", disse.