Mergulhador morre em operação para recuperar iate que afundou, matando magnata da tecnologia
Mike Lynch, uma de suas filhas e outras cinco pessoas morreram após veleiro de luxo ter sido atingido na costa italiana por tempestade
Um mergulhador morreu na última sexta-feira quando trabalhava nas operações que tentam retirar do fundo do mar da Sicília, na Itália, o superiate que afundou em agosto do ano ado vitimando sete das 22 pessoas que estavam a bordo, incluindo o magnata britânico de tecnologia Mike Lynch, de 59 anos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, Rob Cornelis Maria Huijben, de 39 anos, morreu enquanto preparava o corte do mastro principal do navio.
De acordo com a publicação, a polícia disse que a causa da morte do mergulhador era desconhecida e que uma investigação foi iniciada para apurar o ocorrido.
Os investigadores, porém, acreditam que ele pode ter sofrido algum problema médico enquanto estava submerso, uma vez que um exame preliminar no corpo do mergulhador não revelou ferimentos ou queimaduras visíveis.
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Aindas segundo The Guardian, uma outra linha de investigação apura se, depois que os mergulhadores usaram um maçarico para cortar parte da embarcação, Huijben foi atingido por detritos, possivelmente um pedaço de metal. As operações de recuperação para içar o superiate Bayesian foram suspensas após o acidente.
"Esta pausa na atividade é necessária para que as investigações sejam concluídas e para permitir que todas as equipes de salvamento e associadas lamentem a trágica perda de um mergulhador de salvamento altamente respeitado durante o trabalho subaquático de ontem", diz um comunicado da consultoria britânica TMC Marine, que supervisionará um consórcio de especialistas em salvamento que realizará o projeto.
O barco, o veleiro de luxo Bayesian com a bandeira do Reino Unido, navegava no início de uma manhã pela costa de Palermo, a capital da Sicília, quando foi atingido por uma tempestade repentina e violenta. O superiate era conhecido por seu único mastro de 75 metros, um dos mais altos do mundo.
Na época do acidente, a embarcação aparecia em sites de locação com valores de até US$ 215 mil (R$ 1,1 milhão) por semana.
O iate, construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, podia acomodar 12 ageiros em quatro cabines duplas, uma tripla e a suíte principal, além das acomodações da tripulação, segundo o Charter World e o Yacht Charters.
O navio, que se chamava Salute quando navegava sob bandeira holandesa, apresentava um interior minimalista em madeira clara com assentos japoneses, projetado pelo designer francês Remi Tessier, de acordo com descrições e fotos nos sites de aluguel.