Netanyahu afirma que Israel matou Mohamed Sinwar, suposto líder do Hamas em Gaza
O Hamas, no entanto, ainda não reagiu às declarações
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta quarta-feira (28) que o Exército matou Mohamed Sinwar, suposto líder do movimento islamista palestino Hamas em Gaza e irmão do ex-líder Yahya Sinwar, assassinado.
"Eliminamos Mohamed Sinwar", disse Netanyahu durante uma sessão parlamentar. A imprensa israelense havia informado que Sinwar foi alvo de bombardeios israelenses no sul de Gaza em meados de maio.
Em 13 de maio, o exército israelense anunciou o bombardeio de "um centro de comando e controle do Hamas localizado em uma infraestrutura subterrânea terrorista, sob o hospital europeu em Khan Yunis", no sul da Faixa de Gaza.
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Segundo a mídia israelense, o bombardeio teve como alvo Mohamed Sinwar, irmão de Yahya Sinwar, ex-líder supremo do Hamas que o exército israelense matou em 2024 em Rafah, no sul do território.
O Hamas ainda não reagiu às declarações de Netanyahu.
Yahya Sinwar é considerado o principal arquiteto do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza.
De acordo com especialistas sobre o movimento islamista, Mohamed Sinwar liderou o braço armado do Hamas, as Brigadas al-Qassam, que — assim como o movimento político — são consideradas uma organização terrorista pelos Estados Unidos e pela UE.
Após as mortes de vários líderes do Hamas nos últimos 19 meses, Mohamed Sinwar, segundo esses especialistas, estava no centro das decisões relacionadas às negociações indiretas com Israel, à questão dos reféns israelenses mantidos em Gaza e à gestão do braço militar.