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opinião

Inteligência artificial e experiência do cliente: os novos pilares do empreendedorismo

No Brasil, as pessoas seguem apostando no empreendedorismo, segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o número de CNPJs chegou a 1.407.010 até março de 2025.  Mas, se por um lado o número de interessados em empreender aumenta, por outro, os desafios também evoluem, exigindo novos conhecimentos, novas ferramentas e um novo olhar para o mercado.

Empreender não é apenas sobre ter uma boa ideia ou o desejo de “ser o próprio chefe”. É sobre disciplina, consistência, capacidade de adaptação e, principalmente, entendimento de como o mundo está mudando. Assim, os dois conceitos se destacam nesse novo cenário: Inteligência Artificial (IA) e Customer Experience (CX). Estes não são apenas tendências, são pilares e existe uma diferença fundamental entre eles: a IA é a tecnologia e o CX é o resultado que você deseja alcançar com ela. 

Com a IA, é possível automatizar processos, prever comportamentos e tomar decisões mais assertivas com base em dados. Com o Customer Experience, é possível perceber como o cliente interage com a sua marca. Ou seja, usar IA não garante um bom CX, mas uma IA bem aplicada pode transformar completamente a experiência do cliente. O futuro pertence a quem souber unir os dois: inovação com empatia, automação com personalização.

Apesar de todas as tecnologias que temos disponíveis, empreender continua sendo sobre pessoas. Para isso, algumas habilidades continuam sendo insubstituíveis. Nada grande se constrói sozinho. No início, talvez você só tenha um parceiro, um fornecedor ou um cliente. Mas já será preciso saber como se relacionar, dar e receber s, entender o que motiva e o que trava as pessoas. 

Outro ponto importante é ter um bom planejamento, sem ele, não há crescimento. Criar metas, organizar prazos e usar ferramentas (como OKRs ou aplicativos de produtividade) pode parecer simples, mas faz toda a diferença entre estagnar ou avançar. Além disso, o autoconhecimento é o combustível da evolução. Quem não reconhece seus pontos fracos, dificilmente conseguirá liderar outros ou lidar com os obstáculos do caminho. 

Ao pensar em habilidades técnicas, é necessário dominar ou ao menos conhecer bem a análise de dados, saber extrair insights de relatórios, dashboards e pesquisas pode revelar oportunidades escondidas e tornar suas decisões mais estratégicas. E a aplicabilidade da IA pode ajudar, mas para isso, é preciso saber como usá-la. Ferramentas de automação, atendimento, recomendação de produtos ou análise de comportamento estão aí e são íveis. Sendo necessário entender como ela pode auxiliar para o crescimento do seu negócio.

O cliente do futuro é mais exigente, mais informado e menos tolerante a experiências ruins. Entender de comportamento humano e aceitar que a atualização deve ser constante para compreender cada vez mais o cliente é essencial para se adaptar rapidamente.

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