Logo Folha de Pernambuco
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA

Pernambuco tem quase 106 mil pessoas diagnosticadas no Transtorno do Espectro Autista

Cálculo inédito do IBGE mostra que 1,2% dos pernambucanos tem autismo

Pernambuco tem 105.852 pessoas diagnosticadas no Transtorno do Espectro Autista (TEA). O total corresponde a cerca de 1,2% da população do Estado.

É o que mostra cálculo inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísica (IBGE) a partir de dados do Censo 2022, divulgado nessa sexta-feira (23).

O percentual pernambucano é igual ao nacional. No País, há 2,4 milhões de indíviduos que declararam ter recebido o diagnóstico de algum profissional de saúde.

Estimativas indicam, no entanto, que o número real de pessoas com TEA em Pernambuco e no Brasil deve ser maior, já que existe o desafio do subdiagnóstico, especialmente naquelas camadas mais vulneráveis da população. 

A prevalência entre gêneros em Pernambuco apontou que há mais homens do que mulheres com diagnóstico de TEA. Segundo o IBGE, são 63.848 homens (1,5% da população deste gênero no Estado) e 42.004 mulheres (0,9%). 

Quando a faixa etária é analisada, percebe-se que há mais diagnósticos entre pessoas de 5 a 9 anos (2,8%), seguidas por 0 a 4 anos (2,1%), 10 a 14 anos (2,0%) e 15 a 19 anos (1,3%). 

A lista prossegue com 20 a 24 anos (0,9%), 25 a 29 anos (0,8%), 30 a 34 anos (0,8%), 35 a 39 anos (0,8%), 40 a 44 anos (0,8%), 45 a 49 anos (0,8%), 50 a 54 anos (0,7%), 55 a 59 anos (0,8%), 60 a 64 anos (0,9%), 65 a 69 anos (0,8%), 70 a 74 anos (0,9%), 75 a 79 anos (0,9%), 80 a 84 anos (0,9%), 85 a 89 anos (0,9%), 90 a 94 anos (0,6%), 95 a 99 anos (0,9%) e 100 anos ou mais (0,8%). 

No recorte que mostra percentual da população de autismo por cor ou raça, indica o IBGE, há 1,3% entre pessoas brancas; 1,1% entre pessoas pardas e pessoas indígenas; e 0,9% entre pessoas pretas e pessoas amarelas.

Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e o comportamento.

Caracteriza-se por uma ampla variedade de manifestações, que variam em intensidade e forma, daí o termo "espectro". 

Pessoas com TEA podem apresentar dificuldades na linguagem verbal e não verbal, padrões repetitivos de comportamento, interesses s e sensibilidade sensorial.

O diagnóstico é geralmente feito na infância, e embora o autismo não tenha cura, intervenções precoces e adequadas podem melhorar significativamente a qualidade de vida e o desenvolvimento da pessoa autista.

Newsletter