Quatro ex-executivos da Volkswagen são condenados à prisão
Os gestores foram acusados de "fraude organizada" em relação com o escândalo global, quando a empresa itiu manipular milhões de veículos a diesel para fraudar testes de emissões
A Justiça alemã condenou quatro ex-executivos da Volkswagen a penas de prisão de até quatro anos e meio nesta segunda-feira (26), informou a agência de notícias Bloomberg, dez anos após as revelações do escândalo conhecido como "Dieselgate".
Após quatro anos de julgamento, dois acusados, identificados apenas pelas iniciais pelo tribunal de Brunswick, foram condenados a penas de prisão: quatro anos e meio para Jens H. e dois anos e sete meses para Hanno J.
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Outros dois — um deles identificado apenas pelas iniciais — receberam penas de prisão com sursis. Heinz-Jakob Neusser, o de mais alta patente dos quatro e ex-chefe de desenvolvimento técnico da marca Volkswagen, foi condenado a um ano e três meses de prisão com sursis, e Thorsten D. a um ano e dez meses, também com sursis.
Todos eles poderão recorrer da decisão, proferida após um julgamento iniciado em setembro de 2021.
Os quatro condenados em Brunswick foram acusados de "fraude organizada" em relação com o escândalo global que eclodiu em setembro de 2015, quando a Volkswagen itiu manipular milhões de veículos a diesel para fraudar testes de emissões.
Os quatro se juntam ao ex-CEO da Audi, Rupert Stadler, o primeiro a ser condenado neste caso, em junho de 2023, com pena de prisão com sursis e multa de 1,1 milhão de euros (5,7 milhões de reais, na cotação da época).
O principal réu, Martin Winterkorn, ex-CEO da Volkswagen — que foi rapidamente demitido depois que o escândalo estourou — está sendo julgado em um processo criminal separado, que só começou no ano ado, devido a problemas de saúde.
Ele também pode pegar uma pena de prisão de até 10 anos.