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INFLUÊNCIA

Secretário da Saúde dos EUA pede que outros países sigam seu exemplo e deixem a OMS

"Peço aos ministros da Saúde do mundo todo e à OMS que considerem a nossa retirada da organização como um alerta", disse Robert Kennedy

O secretário da Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., pediu nesta terça-feira (20) que outros países se retirem da Organização Mundial da Saúde (OMS) e criem instituições alternativas, ao argumentar que a agência da ONU está moribunda.

Kennedy falou na assembleia anual da ONU em um vídeo, depois que o presidente americano, Donald Trump, anunciou em janeiro que seu país se retirará da organização, um processo que leva cerca de um ano.

"Peço aos ministros da Saúde do mundo todo e à OMS que considerem a nossa retirada da organização como um alerta", disse Kennedy em um vídeo enviado à reunião anual da agência da ONU, depois que o governo de Donald Trump anunciou em janeiro que deixaria a organização.
 

Em seu discurso, Kennedy afirmou que esta agência da ONU está sob uma influência indevida da China, da ideologia de gênero e da indústria farmacêutica.

Kennedy, conhecido por seu posicionamento antivacina, falou à assembleia depois que a OMS anunciou, nesta terça-feira, que adotou um acordo internacional sobre prevenção e cooperação em pandemias.

O secretário afirmou que a OMS está atolada em "uma burocracia inflada, paradigmas enraizados, conflitos de interesse e políticas de poder internacional" e disse que os Estados Unidos estão em contato com países com visões semelhantes.

"Pedimos a outros que considerem se juntar a nós", disse ele. "Não precisamos sofrer as limitações de uma OMS moribunda. Vamos criar novas instituições ou rever as existentes para torná-las ágeis, eficientes, transparentes e responsáveis".

Kennedy argumentou que as prioridades da OMS frequentemente refletiam "os preconceitos e interesses da medicina corporativa" e afirmou que a organização permitiu o estabelecimento de agendas políticas como a "promoção da ideologia de gênero".

Os Estados Unidos são tradicionalmente os maiores doadores da OMS e o anúncio de sua retirada mergulhou a organização em uma crise orçamentária que levou a uma reestruturação e a demissões.

Kennedy reclamou da "influência indevida" da China na organização.

Também acusou a OMS de ocultar relatórios sobre a transmissão da covid-19 entre humanos e de colaborar com a China para espalhar o mito de que "a covid se originou em morcegos ou pangolins, em vez de uma pesquisa financiada pelo governo chinês em um laboratório biológico de Wuhan".

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