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Sexto dia de greve de caminhoneiros no Irã

Os caminhoneiros protestam contra o aumento das franquias de seguro, a falta de segurança nas estradas, os altos preços dos combustíveis e as baixas taxas de frete

Caminhoneiros do Irã realizam nesta terça-feira (27), pelo sexto dia consecutivo, uma greve incomum, em alcance e duração, para reivindicar melhores condições de trabalho em um setor crucial para a economia nacional.

A mobilização começou na cidade portuária de Bandar Abás, no sudoeste, na semana ada e desde então se espalhou, informaram várias organizações de monitoramento em redes sociais e meios de comunicação em persa localizados fora do Irã.

Os caminhoneiros protestam contra o aumento das franquias de seguro, a falta de segurança nas estradas, os altos preços dos combustíveis e as baixas taxas de frete, indicou a Human Rights Activists News Agency (HRANA), sediada nos Estados Unidos.

A agência publicou fotos com dezenas de caminhões parados, afirmando que estavam em Isfahan (centro) e Shiraz (sul). Outras fontes apontaram para mobilizações semelhantes nas províncias de Teerã e de Kermanshah, no oeste do país.

As greves são permitidas no Irã, mas paralisações deste alcance e duração não são frequentes.

O observatório de direitos humanos, Dadban, relatou, nas redes sociais, ataques das forças de segurança em algumas manifestações e detenções.

A rede Iran International TV, localizada fora da República Islâmica e crítica ao governo, divulgou vídeos que afirma ter recebido de moradores iranianos e que mostram estradas, cheias de caminhões, sem nenhum tráfego.

No entanto, a imprensa iraniana mal cobriu o tema, mas citou o presidente do Parlamento, que declarou que os motoristas de caminhão representam "um elo fundamental na produção e na cadeia de suprimentos do país" e pediu ao governo que agisse rapidamente.

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