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Sheinbaum pede que policiais mexicanos que entraram na Guatemala sejam punidos

A operação ocorreu após o assassinato de cinco policiais mexicanos em 2 de junho

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou nesta terça-feira (10) que os policiais que incursionaram na Guatemala durante uma perseguição que culminou com quatro mortos devem ser sancionados.

No domingo, militares do estado mexicano de Chiapas (sul) cruzaram a fronteira com o país vizinho durante uma operação na qual morreram quatro supostos criminosos. "Esses policiais devem ser sancionados", disse a mandatária em uma coletiva de imprensa.

A operação ocorreu após o assassinato de cinco policiais mexicanos em 2 de junho no município de Frontera Comalapa, informou a Procuradoria regional em comunicado.

Na mesma localidade, onde operam esquadrões do narcotráfico, iniciou-se a perseguição no domingo que resultou na morte dos suspeitos, segundo relatórios oficiais que não detalharam a nacionalidade dessas pessoas.

A Chancelaria mexicana está em contato com o governo da Guatemala para "reforçar um grupo de segurança" e coordenar ações em ambos os lados da zona fronteiriça, mas "cada um deve trabalhar em seu próprio território", acrescentou Sheinbaum.

Sobre as denúncias do governo de Chiapas de que a polícia guatemalteca está em conluio com criminosos, a mandatária declarou que as denúncias devem ser abordadas no mecanismo de coordenação binacional.

Por sua vez, o ministro da Defesa da Guatemala, Henry Sáenz, confirmou a incursão, mas evitou polemizar ao acrescentar que os agentes mexicanos ultraaram a fronteira "pelo ímpeto operacional que traziam".

Em agosto, após um inédito deslocamento de camponeses mexicanos para a Guatemala para se protegerem de confrontos entre narcotraficantes, os dois países acordaram realizar operações conjuntas de segurança na fronteira, de aproximadamente 960 quilômetros.

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