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Território, neutralidade e limitações militares: veja condições que a Rússia impôs à Ucrânia

Acordo prevê 'neutralidade ucraniana', que seria a renúncia do país 'à adesão a alianças militares', além da 'proibição de atividades militares por terceiros em território ucraniano'

A Rússia listou uma série de exigências para um acordo de paz com a vizinha Ucrânia, pedindo, entre outras demandas, "o reconhecimento internacional de Crimeia, Donbass e Novorossiya como partes da Rússia, bem como a retirada completa das forças armadas ucranianas desses territórios", segundo a agência russa Tass.

Os russos ainda querem "a retirada completa das forças armadas ucranianas e de outras formações militares ucranianas desses territórios".

O acordo prevê, também, a chamada "neutralidade ucraniana", que seria a renúncia do país "à adesão a alianças e coalizões militares", juntamente com a "proibição de quaisquer atividades militares por terceiros estados em território ucraniano e a implantação de formações militares, bases militares e infraestrutura militar estrangeiras".

"Os [principais parâmetros do acordo preveem] a confirmação do status da Ucrânia como um Estado livre de armas nucleares e outras armas de destruição em massa, com a proibição direta de sua aceitação, trânsito e implantação em território ucraniano", afirma o documento.

"Também prevê o estabelecimento de níveis máximos de efetivo para as Forças Armadas ucranianas e outras formações militares, limites para quantidades e características de armas e equipamentos militares, e a dissolução de formações nacionalistas ucranianas nas Forças Armadas e na Guarda Nacional."

Ainda segundo o Tass, "Moscou também espera garantias plenas dos direitos, liberdades e interesses das populações russa e russófona, bem como a concessão de status oficial à língua russa" na Ucrânia.

O documento ainda prevê a "resolução de questões relacionadas à reunificação familiar e aos deslocados, a renúncia mútua a pedidos de indenização por danos sofridos durante o conflito e o levantamento das restrições à Igreja Ortodoxa Ucraniana".

Caso seja assinado, o acordo prevê "o restabelecimento gradual das relações diplomáticas e econômicas" e "outros vínculos, inclusive com países terceiros".

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